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Não é à toa que Awaara está na lista dos 25 filmes imperdíveis de Bollywood, segundo a Indiantimes e esteja em primeiro lugar da lista dos 10 mais preciosos filmes indianos, segundo a Times. Raj Kapoor estava mais do que inspirado quando resolveu produzir e dirigir - além de atuar - essa obra, que é absolutamente uma delícia de ser vista.
Não é à toa que Awaara está na lista dos 25 filmes imperdíveis de Bollywood, segundo a Indiantimes e esteja em primeiro lugar da lista dos 10 mais preciosos filmes indianos, segundo a Times. Raj Kapoor estava mais do que inspirado quando resolveu produzir e dirigir - além de atuar - essa obra, que é absolutamente uma delícia de ser vista.
O filme começa com Raj (Raj Kapoor) sendo levado a julgamento num tribunal lotado, aparentemente sem advogado de defesa. Eis que aparece, então, Rita (Nargis), prometendo defendê-lo contra as acusações do juiz Raghunath (Prithviraj Kapoor). E daí Rita começa a contar uma longuíssima história, a história de vida de Raj até aquele momento, que iria justificar sua atual condição de vida e voltar o veredicto contra o juiz, não contra ele.
E então ficamos sabendo que o juiz fora casado com Leela Raghunath (Leela Chitnis), que um belo dia foi sequestrada pelo mais temido criminoso da região, o Jagga (K.N. Singh). Após um tempo que Leela já estava liberta e de volta pra casa, ela descobre que está grávida. Tendo uma reação mais ramayânica possível, o juiz Raghunath desconfia que Leela tenha sido estuprada por Jagga e não acredita que aquele filho possa ser dele. Assim, consequentemente, expulsa Leela de casa, mesmo com todas as juras dela de aquele filho é mesmo do juiz.
Ela vai então morar em um bairro pobre, onde cria seu filho, o Raj, e consegue ao menos colocá-lo numa escola. Ali, Raj fica muito amigo de uma garota. Com dificuldades pra pagar as mensalidades, Raj acaba sendo expulso da escola e sua amiga muda-se pra longe daí. Raj acaba caindo no mundo da rua e, inevitavelmente, acaba sendo acolhido por Jagga, que o prepara como mais um de seus pupilos criminosos. É daí que Raj vira um "awaara", ou seja, vagabundo.
Um belo dia, pretendendo roubar um carro, ele e seus amigos roubam a bolsa de uma mulher, que havia acabado de sair de seu carro. No entanto, não encontram a chave e Raj devolve a bolsa, como se ele tivesse pego a bolsa do ladrão pra devolver à bela dama (e aproveito, Nargis é mesmo linda). Pois bem, a história transcorre e o destino de Raj se cruza de novo com o da moça da bolsa, que logo descobrimos ser Rita, a amiga de infância da escola.
Pra deixar o enredo ainda mais interessante, Rita é estudante de direito e tem como tutor nada mais que o juiz Raghunath, com quem vive na mesma casa. Mas Raj jamais desconfiaria que o juiz tutor de Rita fosse seu pai, assim como ainda nem tinha ideia de que Jagga tinha sido o motivo inicial pra tudo chegar onde chegou antes mesmo dele nascer. E daí, o recomendável é que eu me cale e implore pra que vocês assistam ao filme. São 3 horas de duração, mas nem se nota.
As músicas todas de Awaara são muito boas, com clipes memoráveis, mas duas das músicas merecem um destaque especial. Em primeiro lugar, a própria música Awaara Hoon (Sou um Vagabundo) vale ser lembrada muito mais por sua capacidade de grudar na cabeça, do que por sua beleza em si. Na época ela foi um super sucesso não só na Índia, mas também por todo o Oriente Médio, Rússia e China. Mas, pra mim, o ápice do filme é o clipe da música Ghar Aaya Mera Pardesi, que ilustra um sonho decisivo de Raj. E é esse clipe que vai abaixo pra vocês, com legendas em português.
Awaara foi indicado ao prêmio máximo de Cannes, em 1953, mas não levou. E por fim, algumas curiosidades: Prithviraj Kapoor, que no filme faz o pai de Raj, é mesmo pai de Raj Kapoor na vida real. Além disso, o ator que faz Raj criança é Shashi Kapoor, irmão mais novo de Raj Kapoor. Foi neste filme que a super estrela Helen apareceu pela primeira vez no cinema indiano, como coadjuvante do clipe Naiya Teri Majhdhaar (ok, ela apareceu, mas ninguém pode identificá-la). Raj Kapoor é considerado o Chaplin da Índia, e de fato as referências a Chaplin aparecem em alguns momentos neste filme.
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16 comentários:
Awaara é lindíssimo, só não me impressionou mais porque quando o assisti estava sob o efeito de Kaagaz Ke Phool ( o filme destruidor de alma).
De todo modo, eu estava falando na comunidade e com o Pedro que normalmente nos filmes antigos de Bollywood as atrizes me impressionam mais do que os atores, que nunca tem muita graça (efeito Dev Anand). Com Raj Kapoor a história foi outra. Eu mal pensava na Nargis, só conseguia olhar para aqueles olhos mágicos. Amo a expressão de desespero dele no Ghar Aaya, amo como ele olha para a Nargis, como ele faz cara de vagabundo simpático em Awaara Hoon. Raj tem algo a mais.
Bom, de resto tenho aquelas opiniões basiconas do mundo todo: filme maravilhoso, especial, tocante, Cannes, fotografia, anos 50, sou cult blá blá blá. De tudo isso, o mais importante são os olhos de Raj.
Awaara Hoon, largue minha mente agora.
Awaara Hoon, Carols!
"Awaara Hoon, largue minha mente agora." *_*
Fiquei afim de ver :-)
rsrs
Veja, Vini!
Já estou baixando rsrsrs
Só consegui ver este vídeo hoje, a minha net estava demasiado lenta.
Que vídeo absolutamente ÉPICO!
Que maravilha!
Não é? :)
Musicais americanos, cheguem pra lá!
E olhem que achei o musical super chato quando estava assistindo ao filme. Agora me apaixonei e quero me casar com Raj.
Posso ser o padrinho?
Carol não és a única que quer casar com Raj. Mas além do raj eu tb quero casar com Shashi, que é o meu preferido. A Nargis cada vez mais linda!!!! Awaara é sem dúvida um lindo filme.
Eu assisti e adorei! Nargis muito Fofa! sabe é tão estranho a gente ver um filme adorar os personagens e depois ver que eles já morrerão na vida real rsrs! da uma certa tristeza sei lá!
Gostei, a atriz principal parece a Emilinha Borba quando nova aqui no Brasil, o ator faz lembrar rapidamente o Clark Gable do O Vento Levou, gostei da cena da escada com a atriz e a lua achei lindo e quando o ator vai para o céu? Tem aquela imagem Budista de três caras, não gostei da cena do Inferno credo!!!Que meda!!!!
E que final doido!!!!
Uma bela produção digna de Hollywood!!!!
Mas é Boollywood
Obrigado pelo comentário!
Aquela imagem budista não é, nesse caso, budista. É a imagem de Brahma, Deus da criação, ali representando o céu propriamente... :)
Vi. Amei.
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