quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Retrospectiva 2008


Na esteira do blog INDI(A)GESTÃO, que acaba de publicar uma retrospectiva de 2008 segundo o jornal Delhi Times, farei uma breve retrospectiva do blog Cinema Indiano, que termina 2008 com apenas pouco mais de 6 meses de vida! Bom, por ironia do destino (e confesso que só percebi isso depois, mas Freud explica!), este blog foi fundado no dia 12 de junho de 2008. Enquanto muitos brasileiros estavam muito ocupados com suas companheiras e companheiros (no Brasil, 12 de junho é o Dia dos Namorados), eu, aqui sozinho, preocupava-me em ocupar meu tempo criando um blog de utilidade pública (olha só minha pretensão...).

Hoje, 202 dias depois, o
Cinema Indiano conta com um acervo de 83 postagens (contando já com esta) e mais de 5000 visitas de ao menos 43 países (eu tenho ao menos 3 dispositivos de contagem de visitas, cada qual com sua metodologia distinta, então fiz uma aproximação). São já 6 seguidores fiéis inscritos (ou deveria dizer seguidoras?). E ainda fomos agraciados com um prêmio recebido no dia 21 de setembro - o Prêmio Dardos. Mas o mais legal é que o dia 21 de setembro não é um dia qualquer; trata-se do Dia Internacional da Paz, estabelecido pela ONU e, no Brasil, é o Dia da Árvore. Para quem não sabe - e agora chegou a hora de saber -, meu nome significa "árvore" na língua indígena Tupi-Guarani. Então este prêmio não veio a toa neste dia!

As primeiras postagens deste blog foram sobre o filme
Taare Zameen Par, até hoje o meu favorito. Depois seguiram-se as postagens sobre o filme Black, outra obra fantástica. Minha insistência nestes dois filmes mostraram-se sábias depois que descobri que, até hoje, meu blog é encontrado nos sites de procura principalmente por conta destas duas produções, o que me deixa muito feliz. Mas em terceiro lugar da procura, em sites como o Google, estão as postagens sobre o homossexualismo nos filmes indianos e sobre as produções pornográficas. Enfim, prova de que este blog é bem diversificado!...

Fiz uma série sobre as grandes indústrias de cinema da Índia, terminando com a criação de um mapa esclarecendo a localização de todas estas indústrias. Este mapa pode ser conferido aqui: http://cinemaindiano.blogspot.com/search/label/Mapa. Mas sempre que houver a curiosidade, clique no marcador "Mapa" da coluna à esquerda.

Algumas curiosidades sobre a produção indiana foram tratadas, publicando alguns artigos que sairam no Brasil e no mundo, além de ter estado atento às mostras de cinema indiano que aconteceram por aqui.

Mas ainda há muito por fazer e publicar. Sempre tentarei não falar apenas de Bollywood, embora já tenha dito que é mais difícil, já que Bollywood realmente domina. Mas o mais importante de tudo será a contribuição de vocês, e espero ter cada vez mais visitas!

E de novo, um FELIZ ANO NOVO!!!
Justificar

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Mudanças - Segunda Parte

JustificarHoje resolvi tomar uma nova decisão em relação ao blog e deixei a cor do fundo em preto - ou deixei em não-cor, como queiram. De novo imagino que alguns de vocês possam não gostar dessa mais nova mudança, mas se todos gostássemos igual de tudo o mundo já seria um local perfeito. Ou não. O que importa é que eu não pus o preto a toa, mas por um motivo muito claro e digno: economia de energia. O raciocínio é simples: um fundo de tela (ecrã) branco, ou claro, emite luz e, assim, gasta um tanto específico de energia. Já um fundo preto não emite luz e, consequentemente, gasta muito menos energia.

Em tempos de conscientização global dos nossos recursos e de nosso consumo, ao menos não deixo de fazer minha parte gastando um pouco menos da energia da nossa famosa usina de Itaipu. Por sorte o Brasil não se vê obrigado de ter seu ar esbranquiçado, como da Índia, por usinas termelétricas a carvão, mas nem assim gastarei mais energia só porque temos rios de sobra.

E aproveitando o tema "mudanças", todos nós, lusófonos, estamos sabendo das mudanças ortográficas que começarão a ser vigentes na nossa língua a partir do dia 1° de janeiro de 2009. Se alguém não sabia, então passe a saber a partir de agora. É claro que eu falo o português brasileiro - e isso significa uma série de palavras que eu corro o risco de usar que são provenientes da língua Tupi, e outras tantas que vêm de línguas africanas -, mas todas as palavras que falamos em comum e que mudarem eu tentarei estar atento para atualizá-las. Espero que até 2013 (prazo para a adaptação) eu já tenha me acostumado!

E meus votos para o próximo ano permanecem os mesmos. Nos vemos em 2009!

OM SHANTI OM

Filmes Indianos no Porto

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Sem pedir permissão, estou aqui copiando uma postagem que encontrei no blog da Barbarella , o
Grand Masala, que pode ser de muita utilidade para os portugueses, brasileiros e afins que residirem no Porto (ou que passarem por lá). Confira:

A pedido de algumas famílias - e de mim mesma, que acho que o cinema indiano merece ser visto e amado por todos - aqui fica o contacto de uma loja no Porto que vende filmes de qualidade, grandes sucessos do passado e do presente com os grandes actores de Bollywood que têm vindo a marcar geração após geração.

Alguns lembrar-se-ão de filmes mais antigos como O Sofrimento do Amor ou de filmes modernos incontornáveis com actores como Shah Rukh Khan ou Aamir Khan.
Está tudo lá, com legendas em Português ou, garantidamente, em Inglês e com o selinho do Ministério da Cultura e tudo.

E não, eu não ganho comissão, mas esta loja é muito simpática e tem um distribuidor impecável a quem eu comprava filmes em Lisboa e cujos DVD tinham sempre qualidade, o que é muito importante. Já sabem:

MANRAJ
R Cedofeita 315 4050-181 Porto
222083451

Uma nova postagem foi escrita no mesmo Grand Masala, agora mais completa e com mais locais onde encontrar filmes indianos à venda em Lisboa e no Porto. Clique aqui e veja.

Um ano de lições pra Kollywood

Shreedhar Pillai, do Times of India (tradução livre)


Um recorde de 114 filmes tamil foram lançados em 2008 (com Panchamritam sendo o último a ser lançado, em 25 de dezembro), o maior na última década. Desses, 19 deram lucros aos seus produtores - ou 16% do total, um sucesso. No ano, houve um blockbuster (Subramaniapuram), três foram super sucessos (Dasavatharam, Yaaradi Nee Mohini e Kathalil Vizhunthen) e seis foram sucessos normais (Saroja, Santosh Subramaniyam, Dhaam Dhoom, Vaaranam Aayiram, Anjaathe e Thenavattu). E dos outros, ainda nove obtiveram uma pequena margem de lucro.

A indústria de filmes tamil passou por uma metamorfose em 2008. Uma indústria conhecida por filmes populares com superstars e orçamentos de mais de 3 milhões de dólares (algo perto de 10 milhões de reais na cotação atual, ou algo perto de um milhão de euros, o que é bem muito pra Índia) viu muitos deles bombando. Mas apenas dois dos sete filmes com super orçamento no ano deu o retorno completo aos produtores.

"O resultado das bilheterias em 2008 mostram claramente que os filmes de grande orçamento viraram de alto risco, enquanto que filmes de orçamento pequeno (de no máximo um milhão de dólares) são comparativamente mais seguros", diz Tiruppur Subramaniam, um veterano distribuidor dos filmes tamil.

"Small is beautiful" parece ser a chave aqui. Diretor e produtor estreante, Sasikumar Subramaniapuram viu sua produção de menos de um milhão de dólares arrecadar, em 100 dias, mais de três vezes mais o valor gasto apenas com direito de imagem na TV. Como o famoso diretor malayalam, Lal Jose, agora na indústria tamil, disse: "Se o filme tem bom conteúdo, com idéias inovadoras e músicas cativantes, as pessoas irão vê-lo inevitavelmente, independentemente dos atores". Filmes de pequeno orçamento como Anjaathe, Saroja e Vizhuenthen deram maravilhosos retornos.

Outro fato que vem se comprovando cada vez mais é a importância das músicas dos filmes, que mais e mais são uma poderosa ferramenta na promoção das produções. E isso acontece sobretudo porque a audiência do cinema tamil é principalmente de jovens entre 15 e 30 anos, a faixa etária que mais "consome" músicas, como afirma o diretor Selvaraghavan. Fosse alguns anos atrás o parâmetro seria outro, já que a maioria do público de Kollywood era composta por mulheres, o que já mudou - mais uma prova das mutações recentes no cinema tamil.

O fato é que Kollywood esteve atenta às mudanças recentes do gosto do povo tamil e aprendeu a tirar proveito. Agora é ver se em 2009 eles conseguem superar-se ainda mais.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Mudanças

Sim, este é o mesmo Cinema Indiano que você conhecia. Para quem está entrando pela primeira vez, seja muito bem vindo! O fato é que houve uma mudança no modelo que eu utilizava para este blog, causada sobretudo por um problema de ordem técnica. Eu, sinceramente, gostava do modelo anterior, mas deparei-me com este tal problema e tive que parar e refletir... uma alteração recente feita pelo Youtube colocou abaixo a incorporação de alguns vídeos nos modelos tradicionais do Blogspot. Alguns de vocês talvez tenham reparado que, desde a postagem de Aishwarya Rai, alguns dos vídeos invadiam a coluna da direita do blog, não só prejudicando um pouco a funcionalidade das informações ali presentes, mas também atrapalhando a questão estética do Cinema Indiano, que é da mesma forma importante.

Analisando aquilo que poderia ser feito para sanar este problema (eu, que sou um zero à esquerda em termos de formatação HTML), a única solução viável que encontrei foi alterar o modelo que eu havia adotado para este blog. Procurei manter algumas das cores que eu usava (que, para quem ainda não havia percebido, ou não sabia, são as cores da bandeira indiana - o verde e o laranja), assim como manter a fonte dos textos (que é a
Trebuchet). Mas o modelo é absolutamente outro, tendo como principal e fundamental diferença a coluna de links, tags e informações à esquerda, e não mais à direita, como anteriormente.

Eu espero ter a aprovações de vocês, leitores, pois é por vocês que este blog existe. Reclamações, sugestões, comentários etc., por favor, escrevam!

E caso eu não escreva mais até o dia 31, aproveito para deixar a todos um imenso Feliz Ano Novo! Que 2009 venha com novas perspectivas para nosso mundo, mais harmonia, mais consciência e valores entre todos. Valores estes que possam construir um mundo da espécie humana, e não um mundo de diferentes povos. Um mundo em que a humanidade viva em comunidade, que as comunicações possam acontecer naturalmente e sem fanatismos, sem ortodoxia, sem fundamentalismos. Que seja um ano em que a sabedoria mostre sua cara, amedrontando a ignorância e afugentando a estupidez. Que não vivamos para trabalhar, mas trabalhemos para viver; viver bem e em paz, com nossos familiares, amigos, vizinhos e compatriotas de nosso planeta. É isso que desejo. Utopia? Oxalá que não seja.

OM SHANTI OM

Dez Melhores Músicas de 2008 - por Reema Patel

Esses dias, fuçando a internet, descobri um blog chamado Ticket to Bollywood, escrito por Reema Patel, uma indiana que vive nos Estados Unidos. Parece ser um blog bem completo sobre Bollywood, mas o que mais me chamou a atenção é que ele se mantém super atual, coisa que eu, aqui do Brasil, tenho um tanto de dificuldade em estar atual nesse tema, já que nada se sabe de Bollywood desde as terras de Pindorama. Este blog está referenciado na coluna aí ao lado, verifique você mesmo.

E decidi que, conforme aparecer alguma coisa interessante no blog de Reema, traduzirei a postagem e colocarei aqui no Cinema Indiano, como farei agora com a lista das dez melhores músicas do ano de 2008, segundo os critérios de Reema Patel. Como não vi todos os filmes bollywoodianos deste ano, é óbvio que não posso fazer a minha própria lista. Então não custa nada postar a lista dela para todos nos entretermos! De qualquer maneira, posso afirmar que o estilo que Reema gosta não é exatamente o que eu gosto. Algumas músicas de filmes lançados neste ano e que assisti eu preferi muito mais do que essas músicas que ela colocou. Mas enfim, vamos conferir a lista dela:

Top 10 songs of 2008
Vamos começar com algumas menções honrosas. Músicas que gostei, mas não suficiente para entrarem na minha lista. E, admito, quis colocar mais do filme Rab Ne Bana Di Jodi na lista, mas sei que é porque são músicas bem mais recentes, então irei me conter.

Menções Honorosas: Tujh Mein Rab Dikhta, Dance Pe Chance (Rab Ne Bana Di Jodi), Rock On!!, Socha Hai (Rock On!!), Mannata (Heroes), Tu Meri Dost Hai (Yuvvraaj), Zara Sa (Jannat), Talli (Ugli Aus Pagli), Move Your Body, Bakhuda Tumhi Ho Remix (Kismat Konnection), Jaane Kyun, Maa Da Laadla Remix (Dostana), Dil Haara, Tashan Mein (Tashan), Bachna Ae Haseeno, Aahista Aahista (Bachna Ae Haseeno).


E agora à lista:

10 - Mit Jaaye (Kidnap)


9 - Khwab Dekhe (Race)


8 - Haule Haule (Rab Ne Bana Di Jodi)


7 - Khuda Jaane (Bachna Ae Haseenno)


6 - Sinbad The Sailor (Rock On!!)


5 - Tu Hai Meri Soniye (Kismat Konnection)


4 - Kabhi Kabhi Aditi (Jaane Tu Ya Jaane Na)


3 - Jogi Mahi (Bachna Ae Haseeno)


2 - Desi Girl (Dostana)


1 - Phir Milenge Chalte Chalte (Rab Ne Bana Di Jodi)

sábado, 20 de dezembro de 2008

Moradores de Mumbai voltam aos cinemas após trauma

Reuters - O Globo

MUMBAI - Depois de duas semanas de cinemas praticamente vazios, Bollywood está tendo algum alívio com o novo filme de Shah Rukh Khan, que atraiu as pessoas aos cinemas de Mumbai, cidade que ainda se recupera dos ataques mortais ocorridos em novembro.

Mumbai é uma cidade repleta de cinéfilos, no entanto, os cinemas esvaziaram depois dos ataques terroristas nos quais 179 pessoas morreram. "As pessoas ficaram tão assustadas e o clima era tão triste que assistir um filme no cinema estava fora de cogitação", disse o analista cinematográfico Amod Mehra. "Nas últimas duas semanas, os cinemas estavam vazios, principalmente em Mumbai, mas também no resto do país".

Mas Khan, o astro mais bem sucedido da indústria de filmes da Índia, conseguiu levar as pessoas de volta aos cinemas, aliviando as bilheterias de Bollywood. Em sua nova comédia romântica, ele interpreta um homem tímido que se transforma em um dançarino para cortejar uma mulher. As críticas de "Rab Ne Bana Di Jodi" (Um casal arranjado por Deus) não foram muito boas, mas isso não impediu os espectadores de comparecerem aos cinemas para ver o ator de 43 anos em ação.

"Nossos cinemas tiveram 60 por cento de comparecimento na sexta-feira, e isso subiu para cerca de 85 por cento ao longo do fim de semana", disse Shonali Shroff da Fame Cinemas. Os ataques foram um baque severo a Bollywood, que já está sofrendo com a crise financeira. Várias produções foram postas de lado, os orçamentos de marketing despencaram e as estrelas tiveram de renegociar seus contratos.

Mas o sucesso de "Rab Ne Bana Di Jodi" encorajou os produtores. O próximo sucesso deve ser "Jumbo", animação dublada por algumas das maiores estrelas da Índia. O filme sobre um filhote de elefante será lançado no dia de Natal.


Veja o trailer do filme:

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Aishwarya Rai em imagens

Agora, como prometido, vamos ver a rainha Aishwarya Rai nas suas mais famosas aparições no cinema indiano, em sua evolução cronológica. Repare no segundo clipe, do filme tamil que projetou Aishwarya, como o cinema indiano não mede esforços pra fazer as locações mais inusitadas para suas cenas de música. E aqui neste apanhado também reapresento o clássico Dola Re Dola do filme Devdas. E repare também nos toques "latinos" do clipe Touch Me, de Dhoom 2, em parte rodado no Rio de Janeiro.

Hello Mr. Ethirkachi - Iruvar (1997)


Enake Enaka - Jeans (1998)


Nimbooda Nimbooda - Hum Dil De Chuke Sanam (1999)


Dola Re Dola - Devdas (2002)


Trailer do filme bengali Chokker Bali (2003)


Kajra Re - Bunty Aur Babli (2005)


Touch Me - Dhoom 2 (2006)


In Lamho Ke Daaman Mein - Jodhaa Akbar (2008)

Aishwarya Rai - ಐಶ್ವರ್ಯಾ ರೈ


Se na primeira postagem sobre os atores indianos eu falei sobre o rei de Bollywood, Shahrukh Khan, vamos agora falar sobre a Rainha do cinema indiano: Aishwarya Rai (ou Aishwarya Rai Bachchan).


Filha de um biólogo marinho e de uma escritora, Aishwarya nasceu em Mangalore, Karnataka, e tem apenas mais um irmão mais velho, que trabalha na marinha. Aishwarya, diferentemente de King Khan, não é nativa no híndi, mas de uma língua quase perdida do sul da Índia chamada tulu. Apenas outras duas milhões de pessoas falam essa língua no oeste do Karnataka e em uma pequena parte do Kerala, dentre os quase 1,2 bilhões de habitantes da Índia.


Mas quando era ainda pequena, a família Rai toda se mudou para Mumbai, onde a pequena futura rainha de Bollywood pode ter bons estudos. O colegial ela fez na Arya Vidya Mandir, no bairro de Santa Cruz (sim, o nome é mesmo em português, pois havia ali uma igreja construída na época do controle de Portugal na região; Mumbai foi “fundada” pelos portugueses, embora já existisse ali alguns aglomerados urbanos). Depois entrou na faculdade Jai Hind, onde ficou por um ano, e depois se mudou para a faculdade Ruparell. Seu sonho era ser arquiteta.


Mas enquanto sonhava, foi ganhar dinheiro sendo modelo. E foi assim que, em 1994, ela levou a segunda colocação no Miss Índia (perdeu para Sushmita Sen), mas, não se conformando, ganhou o Miss Mundo no mesmo ano. “Infelizmente”, a pobre teve que abandonar os estudos e o sonho de ser arquiteta para ir “reinar” em Londres como Miss Mundo. E então lá acabou se aprofundando na profissão de modelo e, como toda modelo que se preze, virou atriz também (e apresentadora de TV).


Em 1997 ela fez sua estréia no cinema indiano, no filme tâmil de Kollywood, com Iruvar. No mesmo ano já participou de um filme em Bollywood, chamado Aur Pyaar Ho Gaya, mas não teve sucesso algum. Porém, foi em seu terceiro filme – e de novo em Kollywood –, chamado Jeans (1998), que Aishwarya fez sua fama, ganhando o prêmio de melhor atriz pelo Filmfare Award South. Dali ela saltou pra Bollywood para ali se fixar.


Fez Hum Dil De Chuke Sanam (1999) que deu a ela o primeiro prêmio de melhor atriz pelo Filmfare Award. Depois fez Taal, no mesmo ano, que também aumentou em grande medida a sua reputação. Em 2000 ela participou de Mohabbatein e Josh e, depois, de Kandukondain Kandukondain, de Kollywood novamente.


Mas nenhuma dessas produções deu a Aishwarya a projeção que deu o filme Devdas, de 2002. Ao lado de Shahrukh Khan e Madhuri Dixit, a obra de Sanjay Leela Bhansali chegou a ter uma exibição especial no Festival de Cannes daquele ano. Rai ganhou o segundo prêmio de melhor atriz do Filmfare Award e sua projeção internacional consolidou-se.


Em 2003 ela apareceu no sucesso Chokker Bali, da indústria de cinema bengalesa, baseado em conto de Rabindranath Tagore. Já em 2004, Aishwarya ganhou sua sósia no museu de cera Madame Tussaud, de Londres, e, no mesmo ano, fez seu primeiro filme estrangeiro, Bride and Prejudice (Noiva e Preconceito; não confunda com Pride and Prejudice – Orgulho e Preconceito -, de 2005). Em 2005 fez outro filme estrangeiro, The Mistress of Spices (A Senhora das Especiarias). Neste mesmo ano, participou de uma performance no fechamento dos Jogos da Commonwealth, em Melbourne, Austrália, anunciando a sede dos jogos seguintes, que serão em Nova Délhi, em 2010.


Enquanto isso, no mesmo ano de 2005, ela estrelou no filme de Bollywood Bunty Aur Babli, onde participou de uma longa cena de dança que rodou a Índia, com a música “Kajra Re”. Em 2006 Aishwarya aparece em dois filmes: Umrao Jaan e Dhoom 2. Enquanto o primeiro não fez sucesso, o segundo explodiu. Com Abhishek Bachchan (seu marido na vida real) e Hrithik Hoshan, um elenco de peso, Dhoom 2 ainda teve duas outras armas de sucesso para um público ávido por novidades contrárias às suas tradições: parte do filme é ambientado no Rio de Janeiro (na praia de “Cocabanana”), e há, mais no final, uma singela cena de beijo entre Aishwarya Rai e Hrithik Hoshan. Mas o singelo já basta pro escândalo e pro sucesso na Índia.


Em 2007 ela apareceu no outro sucesso Guru, baseado na história real de Dhirubhai Ambani, fundador do mega grupo industrial Reliance, cujos filhos e atuais donos, são as 5ª e 6ª pessoas mais ricas do mundo. Posteriormente participou do filme Provoked, contando a história de uma mulher que sofre violência doméstica. E finalmente, em 2008, ganhou nova projeção fazendo Jodhaa, no filme Jodhaa Akbar, novamente ao lado de Hrithik Hoshan. Neste mesmo ano apareceu ao lado de seu marido, Abshishek Bachchan, e de seu sogro, Amitabh Bachchan, no filme Sarkar Raj. E neste momento, Rai retorna à Kollywood, onde participará do filme Endhiran.


domingo, 14 de dezembro de 2008

Mostra de Bollywood em Natal


Está acontecendo esta semana em Natal, no Rio Grande do Norte, uma mostra de cinema de Bollywood, inédita no nordeste! A mostra é patrocinada pela prefeitura e o curioso é que é numa praça, ao ar livre. Veja a reportagem na Tribuna do Norte:

Bollywood passa por aqui
09/12/2008 - Tribuna do Norte


Os filmes produzidos pela segunda maior indústria de cinema do mundo, a indiana Bollywood, ganharam ontem em Natal, espaço na tela de cinema em alta resolução montada ao ar livre na Praça Augusto Severo, largo em frente ao Museu de Cultura Popular Djalma Maranhão. O evento que faz parte da programação do Goiamum Audiovisual, patrocinado pela Prefeitura do Natal e realizado pelas entidades de cinema Zoon e Cineclube Natal, segue até a próxima sexta-feira, começando sempre às 19h.

A mostra Bollywood, inédita no Nordeste, reúne as mais significativas e recentes produções do cinema indiano, sob a curadoria do produtor, cineasta e editor indiano Ram Prasad Devineni.

Na abertura da mostra Bollywood, o jornalista Franthiesco Ballerine, crítico de cinema do Jornal da Tarde e colaborador do jornal O Estado de São Paulo, falou sobre as diferentes características que envolvem o cinema ocidental e indian e em seguida abriu espaço para discussão com o público.

Viagem

Franthiesco Ballerine atualmente trabalha num livro sobre o cinema de Bollywood. A idéia surgiu a partir de uma reportagem que fez em janeiro na Índia. “Fiquei 25 dias na Índia. Lá eu conheci os principais produtores, diretores e atores de Bollywood. Tanto no livro quanto na abertura da mostra aqui em Natal, levanto aspectos da produção cinematográfica indiana, que é bem diferente da América Latina”, declarou Franthiesco Ballerine, em entrevista por telefone ao VIVER.


Os filmes de Bollywood, que produz cerca de 1000 filmes por ano, adotou algumas fórmulas fixas para agradar o público indiano, como os extensos musicais e a união proibida entre casais. “Esta fórmula ainda é uma realidade em Bollywood. Os filmes têm duração de 2 a 3 horas. As longas seqüências musicais podem chegar a 20 minutos de duração. Em alguns casos não tem a ver com a narrativa. São colocadas como intervalos dramáticos ou simplesmente para que o espectador possa ir ao banheiro” explica Franthiesco Ballerine. “Mas essa não é uma característica de todos os filmes produzidos na Índia”, completou Ballerine.

Os filmes selecionados para a Mostra Bollywood foram lançados em anos distintos, o que garante ao público a oportunidade de conhecer filmes de vanguarda e sem concepções pré-determinadas.


Dentre os filmes selecionados para a mostra Bollywood está “Bombay”de Mani Ratnam, que será exibido hoje. O filme é Baseado em incidentes reais, que conta a história da união proibida entre um hindu, do sul da Índia, e uma mulçumana. A história polêmica, que motivou o incêndio na casa do diretor do filme, também registra o incidente de Ram Janmabhoomi-Babri Masjid, responsável pelo aumento da tensão religiosa em Mombai e em outras partes da Índia, provocando tumultos e violência. Na quarta será exibido “The Terrorist”, dirigido por Santosh Sivan. O filme foi inspirado por eventos em torno do assassinato do ex - Primeiro Ministro Rajiv Gandhi. The Terrorist venceu o principal premio do Festival Internacional de Cinema do Cairo e foi o primeiro filme indiano a ser exibido no Sundance Film Festival. O ator americano John Malkovich comprou o filme e o distribuiu nos Estados Unidos. “KRRISH. Rakesh Roshan” será o filme desta quinta-feira. KRRISH é o primeiro grande filme de super-herói, produzido em Bollywood e como os filmes do gênero, contam com efeitos especiais e prolongadas seqüências de ação.


Para encerrar a mostra Bollywood será exibido o filme “CASH”, de Anubhav Sinha.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Shahrukh Khan em imagens

Conforme prometido, a seguir apresento a vocês alguns vídeos com Shahrukh Khan. Tentei pegar as cenas de música mais famosas que ele fez, em ordem cronológica, pois assim vocês não só acompanham sua evolução, mas também a própria evolução das produções de Bollywood. Repare como alguns clipes são parecidos, às vezes com os mesmos cenários, às vezes os mesmos atores... os mais recentes, porém, são mais diversificados. Divirtam-se!

Tujhe Dekha - Dilwale Dulhana Le Jayenge (1995)


Arre Re Arre - Dil To Pagal Hai (1997)


Kuch Kuch Hota Hai - Kuch Kuch Hota Hai (1998)


Roshni Se - Asoka (2001)


Kal Ho Naa Ho - Kal Ho Naa Ho (2003)



Yuhi Chal Chal Rahi - Swades (2004)


Kabhi Alvida Na Kehna - Kabhi Alvida Na Kehna (2005)


Ajab Si - Om Shanti Om (2007)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Shahrukh Khan - शाहरुख़ ख़ान - شاہ رخ خان


Hoje vamos iniciar a primeira postagem de uma longa série sobre os atores mais famosos da indústria cinematográfica indiana. Confesso que a grande maioria – a começar pelo ator escolhido de hoje – será de Bollywood.


Então devo dizer-lhes que quem estréia a série é o dispensa-apresentações Shahrukh Khan, ou, para os íntimos, SRK. Consta que o nome “Shahrukh”, em farsi, significa “Rosto de Rei” (ou, para as meninas loucas-desesperadas-descabeladas-fãs, “Rosto de Príncipe”, porque fica mais bonitinho). Se seu nome influenciou sua carreira de alguma maneira eu não sei, mas o fato é que SRK é, hoje, o imperador de Bollywood. Ele ainda não desbancou o posto de Amitabh Bachchan, que ocupa a cadeira simbólica de líder supremo da indústria híndi, mas certamente é Shahrukh Khan quem tem o poder sobre o reino bollywoodiano.


Para quem não sabe, o sobrenome Khan é exclusivamente de famílias islâmicas. Logo, SRK é muçulmano. Nascido em Nova Delhi, a 2 de novembro de 1965 (há 43 anos), filho de Taj Mohammed Khan, um lutador de luta livre, e de Latifa Fatima, filha adotada de um general do exército, Shahrukh teve a oportunidade de estudar em bons colégios. Estudou na escola cristã St. Columba, onde ganhou a Espada de Honra, oferecida anualmente ao aluno mais dedicado. Depois, na Universidade de Delhi, estudou Economia e, posteriormente, fez mestrado em Comunicações de Massa na Jamia Millia Islamia (famosa universidade islâmica de Nova Delhi). Mas, eu nem precisaria dizer, ele acabou optando pela vida de ator...


Mas antes de falar do SRK ator, seguimos um pouco mais no Shahrukh pessoa. Após a morte de seus pais, ele mudou-se para Mumbai, em 1991. Neste mesmo ano, antes de iniciar sua carreira bollywoodiana, casou-se com Gauri Khan, uma mulher de família hindu. Mas em momento algum pensou em converter sua esposa à sua religião. Ao contrário, embora acredite profundamente em Alá, respeita os valores do hinduísmo. Prova disso é que seus dois filhos – o menino Aryan (1997) e a menina Suhana (2000) – seguem tanto o islamismo quanto o hinduísmo, fazendo orações diárias no altar de sua casa, com o Corão ao lado dos deuses hindus.


Bom, embora tenha iniciado sua carreira em Bollywood no ano de 1992, um pouco antes ele havia feito algumas coisas na televisão. Em 1988 participou da série Fauji e, em 1989, das séries Aziz Mirza’s Circus e In Which Annie Gives it Those Ones. Finalmente em Mumbai, em 1992 Shahrukh Khan estréia no filme Deewana, que foi um sucesso e deu a ele o Filmfare Best Male Debut Award (prêmio de melhor ator estreante). No ano seguinte, incansável, participa de Maya Memsaab, Darr, Baazigar e Kabhi Haan Kabhi Naa. O penúltimo deu a ele o Filmfare Best Male Award (prêmio de melhor ator) e com o último conquistou o Filmfare Critics Award for Best Performance (prêmio da crítica para melhor performance). Não bastasse esse sucesso meteórico, em 1995 seria lançado o filme que fez a imagem de Shahrukh Khan em Bollywood: Dilwale Dulhana Le Jayenge. DDLJ deu a SRK o seu segundo prêmio de melhor ator e, para os produtores, um retorno de 12 bilhões de rúpias (algo em torno de 500 milhões de reais). Este filme está em cartaz até hoje em Mumbai.


Em 1997, com Dil To Pagal Hai, ganhou o terceiro Filmfare Best Male Award. No mesmo ano também fez sucesso com Pardes e Yes Boss. E de novo, em 1998, Kuch Kuch Hota Hai deu o quarto prêmio de melhor ator a ele. No mesmo ano, Dil Se não fez muito sucesso na Índia, mas lucrou muito nos países estrangeiros que consomem filmes de Bollywood. Badshaah, de 1999, não fez muito sucesso. Já Mohabbatein, do ano 2000, deu a SRK o segundo prêmio da crítica para melhor ator. Em 2001 fez sucesso com o épico Asoka, representando o grande imperador do norte da Índia.


O ano de 2002 viu ser lançado o super sucesso Devdas, que de novo premiou SRK como melhor ator do ano. É do mesmo ano Hum Tumhare Hain Sanam. Em 2003 são lançados outros dois sucessos, Chalte Chalte e Kal Ho Naa Ho (que também rendeu o prêmio de melhor ator e é um dos maiores sucessos de Bollywood no exterior). 2004 foi ano de mais grandes sucessos: Main Hoon Na, Veer-Zaara e Swades. Foi nominado pelos três para melhor ator e ganhou por Swades. Em 2005 eles fez apenas Paheli, que não teve muito sucesso. Já em 2006 foi lançado Don e Kabhi Alvida Na Kehna, que foi, até hoje, o maior sucesso de Bollywood no exterior. No mesmo ano também fez o sucesso Don.


Em 2007 foi a vez de outros dois filmes de sucesso, Chak De! India e Om Shanti Om. O primeiro deu o prêmio a ele de melhor ator (embora, na minha opinião, este prêmio deveria ter sido entregue a Darsheel Safary, o garoto de Taare Zameen Par). Agora, em 2008, SRK aparece em Dulha Mil Gaya, Bhoothnath e Rab Ne Bana Di Jodi. Para o próximo ano, aparecerá em Billo Barber, My Name is Khan e Don 2.


Ufa! Este é Shahrukh Khan, a incansável galinha dos ovos de ouro de Bollywood. Na próxima postagem colocarei alguns vídeos com SRK.