quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

No Smoking (2007)

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É, eu tava com saudades das minhas postagens de filmes. Aliás, saudades daqui! Vida corrida, mas vamos que vamos. E vamos com mais um Anurag Kashyap, porque quero que todos o conheçam, porque ele merece que todos o conheçam, porque o cinema indiano o merece.

No Smoking (Não Fume, ou Proibido Fumar, ou como queira) é o segundo filme de Anurag Kashyap lançado nos cinemas, entrando nas salas da Índia em 2007. E já digo já: quem vê John Abraham (o próprio) no elenco logo pensa que ele está ali pra dar audiência pro filme. Ledo engano. Anurag afirma e repete que John está ali primeiro porque é um dos poucos atores realistas do cinema indiano, segundo por ser seu amigo, e terceiro por ele ser exatamente como Anurag imaginava o personagem. E não, Johnny boy não garantiu audiência pro filme, que foi mal na bilheteria e já explico o porquê.

Antes de falar sobre o filme em si, vamos falar um pouco sobre Anurag antes de No Smoking. Ele havia feito até então dois filmes: Paanch (2003) e Black Friday (2004). O primeiro, por falar resumidamente de sexo, drogas e rock'n roll, foi obviamente censurado integralmente e não foi liberado pros cinemas. O segundo, apesar de ter sido amplamente aceito em festivais ao redor do mundo, dentro da Índia o CBFC (departamente de certificação dos filmes na Índia, ou vulgarmente - e merecidamente - apelidado de central de censura) não entendeu que o filme pudesse ser uma ficção e, por parecer documentário (não parece, em definitivo) não liberaram pra passar nos cinemas (que país de 20 mil salas de cinema é esse que não exibe documentários?). Enfim, o resumo é esse, mas Black Friday acabou estreando em grande estilo na Índia, três anos depois, após alguma alma santa e instruída do governo indiano - ou algo assim - ter visto o filme, gostado, e limpado o caminho pra que o filme chegasse às salas.

Mas o que fez Anurag nesses anos de repressão e censura? Bebeu e fumou, e muito. Entre corromper-se à mercantilização da arte e manter-se na arte, ele escolheu a segunda opção e pagou mais caro por ela. E foi nessas trevas que nasceu No Smoking, um dos mais ousados filmes de Anurag até agora, feito com a subliminar intenção de elaborar seu próprio processo. Apesar de feito três anos depois de Black Friday, ambos estrearam juntos em 2007, com poucos meses de diferença.

Baseado no conto "Ex-Fumantes Ltda", do livro Sombras da Noite, de Stephen King, e um tanto inspirado nos Davids Lynch e Cronenberg, No Smoking é basicamente uma viagem onírica pesadelítica (com a licença autoconcedida de criar palavras, obrigado). John é K, um homem lindo, gostoso e vaidoso. E um fumante inveterado. O vício é tanto que seu casamento com Anjali (Ayesha Takia) fica seriamente abalado. Um dia, ao encontrar Abbas Tyrewala (Ranvir Shorey), um antigo amigo, recebe a recomendação para tratar o vício com um certo guru fofamente chamado Shri Shri Prakash Guru Ghantal Baba Bengali Sealdahwale (ou apenas Baba Bengali), no não menos fofo Prayogshaala, escondido embaixo de uma loja de tapetes.

Acontece que uma vez que se está em frente ao Baba Bengali, o tratamento é sem volta. Ou, na verdade, encerra-se a realidade e tem-se início um bizarro labirinto de desafios e voltas que não sabemos se irá se fechar.

Não se trata ao certo de um filme de suspense; ele é muito mais uma comédia que qualquer outra coisa, mas extremamente bem elaborada. E é esse "extremamente bem elaborada" que fez com que o filme não fizesse sucesso nos cinemas da Índia, pelo simples fato de exigir que a audiência pensasse ao assistir. Nem uma aparição da Bipasha Basu, nem a produção bancada por Vishal Bhardwaj, nem John Abraham semi nu várias vezes, nada disso salvou. Mas diz o próprio Anurag, pouco tempo depois e No Smoking já havia ganhado o status de filme cult indiano, sendo o DVD comprado aos montes pela classe média que queria pensar um pouquinho mais. Mesmo a crítica logo definiu o filme como um dos mais abstratos já feitos na Índia, dando margens a muitas interpretações - o que, já sabemos, não é mesmo comum por ali.

O filme tem passagens bastante interessantes, começando com uma sequência bem engraçada na Sibéria (sim), absolutamente ilógica e definitivamente crucial pra segurar o filme. Talvez ainda não seja um filme perfeito por certos padrões do cinema indiano, sobretudo de interpretação de uns e de outros, mas que se salvam pelo filme ter elementos que caem, mesmo, no caricato. Mas é de menos; No Smoking já dizia pra que viria Anurag Kashyap, que não deixou de surpreender em nenhum de seus filmes seguintes.

Como eu dizia desde que esta página foi criada, e ressaltado por Anurag, o cinema indiano apenas iniciou suas mudanças. O caminho é longo, as barreiras são muitas, e não devemos nunca esquecer de ver os filmes com isso em mente - ou eles perdem muito do valor, ainda que apenas histórico, em alguns casos. E então, por favor, assistam No Smoking. E assistam por uma segunda vez, ao menos, como todo bom filme merece.

Aqui o trailer:

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sábado, 3 de dezembro de 2011

Pré-estreia da Mostra Bhava - O Universo do Cinema Indiano no Rio de Janeiro!

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Amigos cariocas ou de passagem pelo Rio, no próximo dia 5 de dezembro tem início a Mostra Bhava - O Universo do Cinema Indiano, que ocorrerá paralelamente à mostra Índia que já está acontecendo no CCBB do Rio. Ano que vem teremos aqui em São Paulo, também!

A pré-estreia da Mostra será no dia 5/12, às 20hs, no CCBB. Será aberta pra todos, seguido de um delicioso coquetel que ninguém pode perder!

Quem quiser participar (e quem não quer?) é só mandar um email pra tantri.arte@gmail.com, confirmando sua presença. E você também pode confirmar sua presença pelo evento criado no Facebook, clicando aqui.

E a programação completa da mostra pode ser vista aqui.

Boa mostra pra todos!
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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

35ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e CineÍndia em Outubro

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Queridos, como já é tradição, final de outubro é quando acontece a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, este ano em sua 35ª edição. E como já é tradição do CinemaIndiano.com, é hora de sabermos quais são os filmes indianos programados! Mas desta vez, no entanto, faremos uma coisa especial: pra unir o útil ao agradável, o CineÍndia, que estava programado pro dia 30 de outubro, passará pro dia 29 e não será no CECISP, onde sempre ocorre, mas sim na própria Mostra!

Apenas dois filmes indianos estão programados para este ano na 35ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e será na exibição de um deles que faremos o encontro do CineÍndia. Gostaria de lembrar que a Mostra é sempre muito disputada, então peço a todos que estejam dispostos a ir que comprem o ingresso com antecedência - é possível comprar pelo próprio site da Mostra (os links pra cada filme estão abaixo). A programação completa pode ser vista aqui.

Então vamos às informações. Em destque está a exibição casada com o CineÍndia:

O Som do Amor (Ami Aadu, 2011), de Somnath Gupta
21/10, às 14h00 - Cine Livraria Cultura
22/10, às 19h50 - Espaço Unibanco Pompeia
23/10, às 15h00 - Cinemateca
24/10, às 21h40 - Unibanco Arteplex Frei Caneca

Mais informações e ingresso aqui.

Bollywood: A Maior História de Amor de Todos os Tempos (Bollywood: The Greatest Love Story Ever Told, 2011), de Rakeysh Omprakash Mehra e Jeff Zimbalist
25/10, às 23h40 - Cine SABESP
26/10, às 18h40 - Unibanco Arteplex Frei Caneca
29/10, às 19h50 - Cine Livraria Cultura *Sessão CineÍndia*
2/11, às 15h40 - Reserva Cultural
3/11, às 14h00 - Unibanco Arteplex Frei Caneca

Mais informações e ingresso aqui. Abaixo segue o trailer:


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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Black Friday (2004)

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Black Friday, ou Sexta-Feira Negra, é oficialmente o filme de estreia de Anurag Kashyap. No entanto, a verdade é que Anurag já vinha se construindo um certo tempo antes. E essa construção significou não somente a direção de um curta metragem e a produção de vários roteiros, mas também a realização de um longa anterior a Black Friday, chamado Paanch, mas que por imposição do previsível destino, foi integralmente censurado. E por quê? Segundo ele próprio, porque falava de sexo, drogas e rock-n'-roll - e não da maneira romanceada de Bollywood, mas da maneira, digamos, mais real, conforme nós aqui já estamos acostumados.

Então ele resolveu que queria fazer um filme pra ser visto, e não censurado, mas que não saísse de sua própria proposta autoral e não mercadológica. Baseado num livro de Hussain Zaidi, fez Black Friday. Recriou a história que levou aos atentatos terroristas em Mumbai em 1993, até hoje os piores da história da Índia, dissecando personalidades, reconstruindo medos e objetivos e escancarando verdades.

E o filme entrou em cartaz em 2004? Não. Anurag ficou feliz por isso? Não. O governo da maior democracia do mundo não entendeu que Black Friday fosse uma obra de ficção e, pior, considerou que permitir que o filme entrasse em cartaz pudesse induzir os julgamentos dos acusados - que ainda esperavam por isso, onze anos depois. Anurag contestou, disse que era ficção, já que a imensa parte do filme é construída com diálogos inventados e são atores interpretando. "Mas os nomes são reais!", contestaram as espertas mentes reguladoras do cinema indiano.

Mas Anurag teve um trunfo: sua obra foi indicada ao prêmio de melhor filme no Festival de Locarno, e levou o prêmio no 3º Festival do Cinema Indiano em Los Angeles, ambos em 2004. O resultado é que o filme ganhou projeção internacional e, em dois tempos, já havia na Índia cópias piratas. Não levou muito tempo pra que alguém do governo indiano assiste ao filme e se surpreendesse com o fato de que Black Friday não havia entrado em cartaz no país. E foi quando a reviravolta ocorreu; em 2007, Anurag teria seu primeiro filme estreando na Índia, um ano após o julgamento dos acusados do atentado de 1993.

E a crítica indiana amou o filme, com uma média de quatro estrelas, ou mesmo a rara cinco estrelas dada pelo The Times of India. Na bilheteria, obviamente, não foi grande coisa, mas Anurag lançava-se como um grande e persistente cineasta indiano e o reconhecimento era unânime.

Black Friday é evidentemente um filme forte, mas que agrada muito quando o que se considera é a inovação cinematográfica, não necessariamente indiana. Existe uma série de experimentações, desde o uso de imagens monocromáticas, em azul ou em vermelho, em momentos que o espectador logo reconhece e assimila a intensidade e propósito da cena, até a intercalação com imagens reais documentadas por canais de televisão à época dos atentados.

Também agrada bastante o realismo das interpretacões, centrada sobretudo em Kay Kay Menon e Pavan Malhotra, ainda que em outros casos haja um exagero evidente, provavelmente pelo que o próprio Anurag afirmou em relação ao cinema indiano: há falta de atores realistas na Índia.

Black Friday começa com um suspeito sendo tortura...-interrogado- e dizendo que Mumbai será alvo de uma série de ataques terroristas. Cita os locais exatos, inclusive. A polícia ri da cara dele, considera impossível o que ele estava relatando, em desespero, mas três dias depois acontecem os atentados, matando mais de 250 pessoas e ferindo outras mil e muitas.

E a partir de então o filme percorre um tenso movimento da polícia contra os suspeitos, e vice-versa, construindo diálogos, torturas e revelações, relembrando momentos anteriores aos ataques - não em flashbacks, mas em sequências completas de reconstituição -, relatados pelos próprios suspeitos. A história termina com o começo, e não há problema em dizer isso aqui; o ciclo se fecha para a própria polícia, ainda que na vida real o desfecho com os acusados tenha se encerrado somente em 2006.

E mais uma trívia do filme: Danny Boyle afirmou que o filme é uma de suas inspirações para Quem Quer ser um Milionário?, sobretudo a cena de perseguição na favela - que, aliás, é um dos poucos momentos engraçados do filme.

Black Friday é recomendadíssimo. Anurag Kashyap lançou seus pilares definitivos sobre a Índia a partir de então e um séquito já percorre seus passos. Não encontrei um trailer do filme, mas passo aqui pra vocês uma das cenas que mais me surpreenderam em termos de atuação e diálogo. Não tem legendas aqui, mas vale assistir.

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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Debate com Anurag Kashyap + Retrospectiva de seus filmes no SESC Pinheiros

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E como eu havia adiantado, paralelamente à V Mostra de Bollywood e Cinema Indiano, que já está acontecendo na Cinemateca Brasileira, vamos realizar a Retrospectiva do Anurag Kashyap no SESC Pinheiros e ele mesmo estará presente na abertura do evento pra um bate-papo com o público.

Já estamos em cima da hora aqui, mas o evento já vinha sendo anunciado no facebook e outros meios por aí. A abertura será no dia 4 de outubro, terça-feira, às 19h. Exibiremos o filme Dev.D e em seguida o Anurag Kashyap irá conversar com o público, mediado por mim, Ibirá Machado, e pela cineasta Beatriz Seigner, diretora do filme Bollywood Dream.

O debate não será somente pra falar sobre Dev.D, mas principalmente sobre o novíssimo cinema indiano que está nascendo com extrema força, energia e vontade, movimento este que tem em Anurag Kashyap uma das principais lideranças.

Durante todas as terças-feiras de outubro serão exibidos os sete filmes de Anurag (dirigidos ou produzidos por ele). A oportunidade não só é absolutamente única, como também estamos trazendo um filme que ainda está em cartaz na Índia, A Garota dos Sapatos Amarelos (That Girl in Yellow Boots), que é provavelmente o mais ousado e mais refinado de Anurag Kashyap. Segue a programação:

Retrospectiva Anurag Kashyap
SESC Pinheiros
Rua Paes Leme, 195
Metrô Faria Lima

Entrada Franca - Retirar ingressos com uma hora de antecedência

04/10
19h - Dev.D (2009), dir. Anurag Kashyap
+após a exibição do filme será realizado um debate com a presença do diretor

11/10 
17h - Não Fume (No Smoking, 2007), dir. Anurag Kashyap
19h30 - Sexta-Feira Negra (Black Friday, 2004), dir. Anurag Kashyap

18/10
17h - Gulaal (2009), dir. Anurag Kashyap
19h30 - A Garota dos Sapatos Amarelos (That Girl in Yellow Boots, 2011), dir. Anurag Kashyap

25/10
17h - Diabo (Shaitan, 2010), dir. Bejoy Nambiar
19h30 - Vôo (Udaan, 2010), dir. Vikramaditya Motwane
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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

V Mostra de Bollywood e Cinema Indiano em São Paulo

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Meus queridos, é muito feliz que digo que a V Mostra de Bollywood e Cinema Indiano vai finalmente acontecer em São Paulo e já começa no próximo dia 27 de setembro, terça-feira, na Cinemateca Brasileira, e vai até o dia 9 de outubro, domingo. Com os mesmos filmes que estiveram em agosto no Rio de Janeiro, a edição de São Paulo terá uma vantagem muito boa: os filmes serão exibidos duas vezes cada um. 

O único que não está na edição de São Paulo é o Dev.D, mas por um motivo muitíssimo especial. Quem acompanha nossa página no facebook e viu o videocast que gravei no portal Cronópios já sabe da novidade: o cineasta Anurag Kashyap, diretor de Dev.D, virá pro Brasil pra participar da abertura da retrospectiva que também estamos organizando da obra dele. A retrospectiva vai acontecer em São Paulo (todas as terças-feiras de outubro, no SESC Pinheiros), e a abertura com a presença do Anurag será no dia 4 de outubro. O debate será mediado por mim e pela cineasta Beatriz Seigner (diretora de Bollywood Dream - O Sonho Bollywoodiano).

Os detalhes da retrospectiva do Anurag Kashyap em São Paulo serão divulgados em breve. Aguardem!

E voltando à V Mostra de Cinema Indiano e Bollywood em São Paulo, para este ano escolhemos 10 filmes que mudaram os rumos do cinema indiano ao longo dos anos 2000. Excluindo Dev.D, que estará na retrospectiva do Anurag, a Cinemateca vai apresentar, portanto, 9 imperdíveis filmes que estão construindo um novo cinema indiano - que ao contrário de desprezar a velha fórmula de Bollywood, este novo cinema redescobre a si mesmo, respeitando seu passado, suas tradições, mas ampliando o leque de possibilidades criativas daquela que é a maior indústria de cinema do mundo.

Abaixo segue a programação da Mostra. Todas as informações dos filmes podem ser conferidas no site da Cinemateca Brasileira.

V Mostra de Bollywood e Cinema Indiano em São Paulo
27 de setembro a 9 de outubro de 2011

Cinemateca Brasileira
Largo Senador Raul Cardoso, 207
Próximo ao Metrô Vila Mariana
GRÁTIS


27/09 - Terça
Sala Petrobras
19h - O Imposto

28/09 - Quarta
Sala BNDES
18h30 - Siga em Frente, Munna Bhai
Sala Petrobras
20h - 3 Idiotas


29/09 - Quinta
Sala BNDES
17h - Jodhaa Akbar
Sala Petrobras
20h - A Cor do Sacrifício


30/09 - Sexta
Sala BNDES
17h - O Imposto
Sala Petrobras
20h - Omkara

01/10 - Sábado
Sala BNDES
15h30 - Como Estrelas na Terra
Sala Petrobras
21h - Amor, Sexo e Traição


02/10 - Domingo
Sala BNDES
15h - 3 Idiotas

05/10 - Quarta
Sala Petrobras
18h - Peepli ao Vivo
20h - Siga em Frente, Munna Bhai

06/10 - Quinta
Sala Petrobras
20h - Como Estrelas na Terra

07/10 - Sexta
Sala BNDES
17h30 - A Cor do Sacrifício


08/10 - Sábado
Sala BNDES
14h30 - Jodhaa Akbar
Sala Petrobras
19h - Peepli ao Vivo

09/10 - Domingo
Sala BNDES
15h - Omkara
Sala Petrobras
18h30 - Amor, Sexo e Traição
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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dhoom 2 (2006) no CineÍndia - 25/09

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E chegamos à terceira edição do ciclo As Mariores Bilheterias de Bollywood no CineÍndia, trazendo a superprodução Dhoom 2 a vocês. Em 2006, esse filme bateu os recordes de bilheteria do cinema do país, com uma ação divertidíssima rodada em grande parte no Rio de Janeiro.

Dirigido por Sanjay Gadhvi, o filme é quase uma sacanagem estelar. Explico: ele é protagonizado por nada mais que Hrithik Roshan, Aishwarya Rai, Abhishek Bachchan, Bipasha Basu e Uday Chopra. Enfim, a foto acima já diz tudo. 

O curioso é que o diretor, Sanjay Gadhvi, embora já tivesse ficado famoso pelo primeiro Dhoom e tenha fincado sua bandeira no cinema indiano com esta sequência, ele logo em seguida caiu no esquecimento. Chegou a fazer um outro filme em 2008, chamado Kidnap, mas que super mal sucedido e depois não lançou nada mais nos cinemas.

Ainda assim, Dhoom 2 não deixa nada a desejar quando que o que se deseja é um verdadeiro Bollywood moderno. Imperdível pra entender e mergulhar ainda mais a fundo neste universo.

Não deixem de confirmar suas presenças no facebook, aqui.

Cineclube CineÍndia - "Dhoom 2"
25 de setembro de 2011, às 18h00
CECISP - Centro Cineclubista de São Paulo
Rua Augusta, 1239 - sala 13/14
Próximo ao Metrô Consolação

*GRÁTIS*

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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Videocast com Ibirá Machado no Cronópios

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Compartilho aqui com vocês um bate papo que tive com Pipol, do interessantíssimo Portal Cronópios, há uma semana. Foi com muito prazer que aceitei o convite dele e o resultado da nossa conversa sobre cinema indiano vocês podem ver aqui!

E fiquem atentos, pois digo em primeiríssima mão, neste vídeo, sobre um evento muito especial que acontecerá no início de outubro aqui em São Paulo e muito possivelmente no Rio de Janeiro, também. Muito em breve as informações oficiais e detalhadas chegarão aqui, ainda nos próximos dias!

Entrem no Cronópios e vejam o vídeo aqui!
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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Ghajini (2008) no CineÍndia - 28/08

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Próximo domingo, dia 28 de agosto, é dia de CineÍndia! Seguindo a ordem decrescente das "Maiores Bilheterias de Bollywood", ciclo que começamos no último mês com 3 Idiots, exibiremos agora Ghajini, dirigido por A.R. Murugadoss.

Controverso, Ghajini agrada a muitos, mas perturba outros. Quando lançado nos cinemas da Índia, nos finais de 2008, quebrou os recordes de bilheteria do país até então e entrou pra história. O filme, no entanto, não teria nenhuma originalidade, nem mesmo para o cinema indiano, não fosse a estratégia de marketing criada por Aamir Khan, estrela do filme. O cinema indiano não conhecia muito bem as melhores formas de explorar a divulgação de um filme, não fosse por cartazes, teasers e trilhas sonoras lançadas um mês antes da estreia de um filme. Aamir, então, resolveu investir em seu poder incontestável de persuasão e fez com que os produtores de Ghajini colocassem muito mais dinheiro na publicidade do que o cinema indiano estava acostumado. E funcionou.

Estereótipos, plágios e incoerências à parte, o filme vale muito mais pelo próprio Aamir Khan. Quem não está acostumado com o cinema indiano, mas já viu Taare Zameen Par ou 3 Idiots, vai se surpreender com Aamir ainda mais um pouco. Tá, e posso dizer que o filme também vale pra entendermos um pouco mais como o cinema indiano realiza suas releituras de filmes hollywoodianos - Ghajini é uma refilmagem indiana do filme Amnésia (Memento, 2000), de Christopher Nolan.

Confirme sua presença pelo Facebook.

Cineclube CineÍndia - "Ghajini"
28 de agosto de 2011, às 18h00
Local: CECISP - Centro Cineclubista de São Paulo
Rua Augusta, 1239, sala 13
Próximo ao Metrô Consolação

*Grátis*

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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Mostra Olhares Sobre a Índia em Juiz de Fora

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Atenção mineiros! A Universidade Federal de Juiz de Fora preparou uma ótima mostra de cinema indiano, chamada Olhares Sobre a Índia. Com curadoria de José Abílio Perez Junior, a mostra percorre grandes produções da história do cinema indiano, apresentando uma seleção de oito filmes que serão exibidos ao longo do semestre. A abertura será já nesta quarta, dia 24/08, com o unanimemente aceito "Como Estrelas na Terra" (Taare Zameen Par, 2007).

A programação da mostra pode ser conferida no site da universidade, ou aqui abaixo. Aproveitem e confirmem suas presenças pelo facebook!

Mostra Olhares Sobre a Índia
Universidade Federal de Juiz de Fora
Auditório 3 do novo prédio do Instituto de Ciências Humanas

24/08 - 19h - Taare Zameen Par

31/08 - 19h - Dhoom 2

14/09 - 19h - Salaam Bombay

28/09 - 19h - Awaara

05/10 - 19h - Mangal Pandey

19/10 - 19h - Mother India

09/11 - 19h - Pather Panchali

23/11 - 19h - Robot
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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Love, Sex aur Dhokha (2010)

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Daí o filme termina e você tá de boca aberta, emocionado, impressionado. Na verdade você já tinha ficado assim muito antes do filme acabar, mas aquele pianinho maldito teima em aparecer nos momentos chave e você teima em ficar emocionado. Que filme é esse, meu Deus?

Eu lembro que, pouco antes de Love, Sex aur Dhokha (Amor, Sexo e Traição) entrar em cartaz, em março de 2010, polêmicas rondaram o mundo do cinema indiano. A censura da democracia indiana baixou sobre Dibakar Banerjee, obrigando que ele cortasse ou mudasse cenas de sua obra, uma das mais revolucionárias da história da Índia. E cortasse o que? Cena de sexo, questões de castas entre personagens e letra de música. Coisas que a Índia ainda não sabe lidar, coisas comuns, coisas que fazem parte de um cotidiano quase desvelado, quase banal, quase aceito. 

E no fim, a censura (sob a égide do Central Board of Film Certification), deu uma classificação A pro filme, que restringe a obra somente para adultos, ou seja, acima de 18 anos. E para aqui minha compreensão ocidental a respeito disso; se o que vi em LSD foi muito menos explícito que em milhares de filmes do nosso lado do mundo, realmente não entendo o que pode um adulto indiano ver, de acordo com esse famigerado órgão podador do cinema indiano.

Mas polêmicas a parte, LSD é um filme mesmo bastante impressionante. Ele poderia bastar pelo conteúdo - que vamos tratar adiante - mas a forma por si só também impressiona. Dibakar Banerjee começou a revolução ao fazer deste filme o primeiro do cinema indiano a ser integralmente produzido digitalmente. É um pouco estranho pensar que isso só foi acontecer na Índia em 2010, mas no país das tradições, romper com o cinema da película pra passar pro mundo digital é efetivamente um passo imenso. Mas não era dessa forma que eu me referia no começo do parágrafo.

O filme é composto por três partes, cada parte conta uma história diferente e todas as três se entrelaçam. Até aí nada de tão especial. O que Dibakar optou por fazer foi abdicar da câmera do diretor, dos planos e contraplanos, das câmeras subjetivas e objetivas, pra assim compor cada história a partir de uma câmera que faça parte do nosso cotidiano, em maior ou menos grau.

É assim que na primeira história acompanhamos as dificuldades de um estudante de cinema que, para se formar, tem que apresentar um pequeno filme. E, dessa forma, vemos essa primeira parte a partir da câmera de Rahul, o estudante. Sabiamente, Dibakar escolheu essa história pra ser a primeira do filme, porque ela será a mais impactante de todas, a mais perversa e, todas as vezes que ela se cruzar com as duas outras histórias seguintes, qualquer clima que houver vai, inevitavelmente, virar emoção.

A segunda história se passa em uma espécie de loja de conveniência, ou mini mercado. Dessa vez vemos o filme a partir das câmeras de segurança dessa loja. A história de desenrola a partir da ideia brilhante (not really) de um dos funcionários de transar na loja com outra funcionária e, assim, gravar a cena com uma das câmeras da própria loja.

Finalmente, a terceira história é gravada com câmeras escondidas de um repórter frustrado. Na desilusão, ele se depara com uma dançarina talvez mais frustrada e desiludida que ele, mas que será seu trunfo jornalístico.

O filme é genial do começo ao fim. Voltando à primeira história, há toda uma sátira ao jeito indiano de ser com o cinema, que é impossível não rir, não achar bizarro, principalmente pelo fato de serem indianos (leia-se Dibakar Banerjee e sua equipe) zoando eles próprios. E como praticamente só indianos sabem fazer, é nesse jogo de sátira e realidade nua - eu disse nua - que está a grande sacada.

A crítica indiana recebeu o filme da melhor forma possível, sobretudo pelas atuações - impecáveis - de atores desconhecidos e pela excelente edição, além, é claro, pela originalidade da forma e do conteúdo. Mas, como não é surpresa, LSD não fez uma bilheteria boa. Atores desconhecidos, tema complexo e classificação etária para maiores de 18 anos é a receita certa pra fazer de um filme indiano um fracasso de bilheteria. 

Mas Dibakar fincou mais fundo sua bandeira na intersecção do cinema independente indiano com Bollywood, neste caminho sem volta. No Filmfare Awards entregue em 2011, o filme levou o prêmio de melhor edição e melhor desenho de som.

É isso, algo a não se perder e Dibakar é alguém a não se perder de vista. Se dizem que pra se chamar de "obra" alguém tem que ter feito mais de dez filmes, Dibakar Banerjee está indo no caminho certo com seus outros dois filmes, Khosla Ka Ghosla e Oye Lucky! Lucky Oye!.

Aqui vai o trailer de LSD:

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domingo, 31 de julho de 2011

Mostra de Cinema Indiano no Rio de Janeiro

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Caríssimos, no próximo dia 5 de agosto começa na Cinemateca do MAM, no Rio de Janeiro, a mostra Anos 2000 - A Década que Mudou a Cara do Cinema Indiano. Com uma seleção de dez filmes de Bollywood, essa mostra percorre os principais caminhos por onde andou o cinema indiano, mudando de uma vez por todas os rumos da maior indústria cinematográfica do mundo.


Por mais que a Índia sempre tenha feito filmes de qualidade excepcional ao longo do século XX, tais produções nunca eram feitas pra agradar o grande público, que em grande parte das vezes nem sequer sabiam que estes filmes eram lançados. Nos anos 2000, no entanto, foi do coração das indústrias de cinema indianas que as mudanças começaram a acontecer.

O primeiro e incontestável marco desta mudança é o filme Lagaan - O Imposto (Lagaan, 2001), dirigido por Ashutosh Gowariker e produzido pela então estreante Aamir Khan Productions. Ao longo de quase quatro horas de filme (um dos mais longos de toda a história do cinema indiano), Lagaan revolucionou Bollywood e todas as outras indústrias de cinema da Índia ao investir em um cidade cenográfica e em centenas de figurantes pra contar uma história que não era de amor. A aposta de Aamir Khan, até então “somente” uma das grandes estrelas do cinema indiano, deu tão certo que o filme foi o segundo da história do cinema indiano a concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro. E a Aamir Khan Productions nasceu revolucionando, indicando o que viria nos anos seguintes.

Mas, na verdade, foi em 2006 em que as mudanças ganharam ainda mais força. E não foi somente um filme que indicou esse caminho. Somente em Bollywood, ao menos quatro diferentes filmes surgiram nesse mesmo ano e, cada qual com sua forma, influenciou produções seguintes, guinando de uma vez por todas o caminho trilhado pelo cinema indiano ao longo das últimas décadas do século XX.

O primeiro a aparecer naquele ano foi Omkara (Omkara, 2006), de Vishal Bhardwaj, que já tinha mostrado ao que viria com um outro filme seu, de 2002, chamado Maqbool. Se este do começo dos anos 2000 era uma releitura de Macbeth, de Shakespeare, o segundo foi uma releitura de Othello, do mesmo legendario escritor britânico. E foi que Omkara consagrou de uma vez por todas a capacidade de Vishal Bhardwaj de construir releituras com um roteiro extremamente complexo e com uma direção impecável, coisa que, definitivamente, a audiência indiana não conhecia.

Mas foram outros dois filmes do mesmo ano de 2006 que fizeram história na Índia. O primeiro, A Cor do Sacrifício (Rang De Basanti, 2006), dirigido por Rakeysh Omprakash Mehra, trouxe Aamir Khan interpretando um estudante universitário, ao lado de seus colegas. Por incrível que pareça, esse filme foi o primeiro a trazer como personagens centrais jovens universitários. De novo, a história central não era de amor e o roteiro não girava em torno do mundo dos adultos. Isso, de imediato, conquistou a imensidão de estudantes universitários Índia adentro, que naquele momento já era grande parte do público dos cinemas indianos. Um novo nicho havia sido descoberto.

Acontece que não foi somente esse fator que colocou A Cor do Sacrifício na história do país. Ele levou os personagens de seu filme a lutarem por direitos, numa escalada dramática tão impressionante e inesperada que acabou por instar os jovens indianos a fazerem o mesmo, coisa que eles não tinham nunca aprendido a fazer. Na época, a série de protestos de jovens pedindo por inúmeros direitos foi chamado pela mídia indiana de “efeito RDB”, em alusão à sigla do filme, no nome original.

E então um outro filme veio para coroar todo esse movimento do ano de 2006. Siga em Frente, Munnabhai (Lage Raho Munnabhai, 2006), de Rajkumar Hirani, tinha tudo pra ser uma comédia normal, talvez com um pouco mais de qualidade em relação ao “normal” das comédias indianas - e ainda por cima tendo como eixo um amor aparentemente impossível. No entanto, ao inserir de maneira genial o Mahatma Gandhi e seus ideais na história, o inesperado aconteceu de novo. A juventude indiana, que acabara de descobrir o poder do protesto, entrou em contato com os mais importantes princípios de Gandhi, que já estavam totalmente esquecidos pela imensa maioria dos jovens. E não tardou pra que eles levassem esses princípios aos protestos desencadeados pelo “efeito RDB”, agora somado com o “efeito Munnabhai”. E mais uma vez, mais um filme veio aos cinemas da Índia pra mostrar que roteiros pensados e com conteúdo poderiam, sim, ter efeitos muito maiores do que pensavam.

Em 2007, Aamir Khan voltou não só com sua produtora e sua atuação, mas resolveu também arriscar-se na direção. O resultado dessa soma foi Como Estrelas na Terra (Taare Zameen Par, 2007), um absoluto sucesso não só na Índia, como também no mundo. O que Aamir fez, dessa vez, foi construir uma história que questionasse o modelo educacional da Índia, mas de forma tão eficaz que a mensagem pudesse ser pro mundo. Com um apelo emocional muito forte, Como Estrelas na Terra não parou até hoje de mandar sua mensagem.

No ano seguinte, Ashutosh Gowariker voltou com outra obra mais do que grandiosa. Jodhaa Akbar (Jodhaa Akbar, 2008) trouxe de volta ao cinema indiano não só a potência dos épicos, como também resgatou as lendárias histórias vividas no país durante o domínio do império Mogol. Também com incríveis 3 horas e meia de duração, Jodhaa Akbar foi uma superprodução histórica como não se via há tempos.

E então 2009 trouxe a obra seguinte, e bombástica, de Rajkumar Hirani, desta vez com a atuação e já indiscutível capacidade de influência - e manipulação, diríamos? - de Aamir Khan. 3 Idiotas (3 Idiots, 2009) bateu todos os recordes de bilheteria da história do cinema indiano, trazendo de volta jovens universitários como personagens centrais, mas desta vez questionando o próprio modelo de ensino superior do país. Mas a história do filme talvez não levasse a obra ao recorde, não fosse a inusitada estratégia de marketing imposta por Aamir Khan nos meses antecedentes ao lançamento de 3 Idiotas. Na autointitulada “maior caça humana” da história da Índia, Aamir Khan desapareceu dos olhos do público e da mídia, reaparecendo disfarçado nos mais inesperados lugares do país.

No mesmo ano, Anurag Kashyap apresentou uma obra difícil de ser aceita pela maior parte do público indiano, mas que mostrou ser capaz de fazer escola e consolidar um caminho sem volta no seio de Bollywood. Ao fazer Dev.D (Dev.D, 2009), Anurag realizou a décima primeira versão cinematográfica indiana do romance bengalês “Devdas”, de Sharat Chandra Chattopadhyay. No entanto, ao contrário das dez versões anteriores, Dev.D foi, na verdade, uma releitura contemporânea da obra, inovando em vários aspectos na direção, no roteiro e nas atuações.

Em 2010, finalmente, dois foram os filmes que também chegaram ampliando os rumos do cinema indiano e fechando a década das mudanças. O primeiro, Amor, Sexo e Traição (Love, Sex aur Dhokha, 2010), de Dibakar Banerjee, inovou impressionantemente na linguagem e na condução do roteiro. A partir do descontrole que temos hoje das câmeras que estão por todos os lados, LSD, como é chamado, explora essa questão pra contar três diferentes histórias reveladas por esses “olhos”.

O último filme desta seleção é Peepli ao Vivo (Peepli Live, 2010), da Aamir Khan Productions. Desta vez, a inovação não está mais nem na qualidade do roteiro, nem da direção, nem da produção, que são todos ótimos e seguem a escola construída. O que se inova, desta vez, é em quem dirige e em quem atua. Anusha Rizvi, a diretora, era uma completa desconhecida até cair nas graças de Aamir Khan, que topou investir suas fichas nelas, ao contrário do que fazem as outras produtoras. E os atores, seguindo o mesmo rumo, são também completos desconhecidos, alguns deles com carreira somente no teatro, até então. Peeli ao Vivo, desta forma, apresenta um cinema com tanta qualidade de conteúdo e forma, que simplesmente não depende de nomes pra fazer sua fama. E isso o cinema indiano também não conhecia.

É assim que, quando se olha para os últimos dez anos do cinema indiano, o que se vê foram mudanças intensas que deram início a um novo patamar de se fazer filmes na Índia. Vários nomes podem ser citados, mas a liderança de Aamir Khan, hoje o mais bem pago astro do cinema indiano, é unânime. Afrouxando a camada grossa que sempre separou o cinema industrial do chamado “cinema paralelo”, ou de arte, indiano, Aamir apresentou ao público comum novas possibilidades de se contar histórias na tela grande.

E o êxito desta mudança está sendo agora apresentado com uma retrospectiva de cinco dos mais proeminentes filmes em que Aamir Khan participou, seja como ator, seja como produtor, seja como diretor, ou tudo isso junto, ao longo desta última década.


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Confira aqui a programação ou pelo site do MAM:


05/08 - Sexta
18h30 - DEV.D (2009), de Anurag Kashyap. 144'

06/08 - Sábado
16h - PEEPLI AO VIVO (Peepli Live, 2010), de Anusha Rizvi. 95'
18h -
SIGA EM FRENTE, MUNNA BHAI (Lage Raho Munna Bhai, 2006), de Rajkumar Hirani. 144'

07/08 - Domingo
16h - O IMPOSTO (Lagaan, 2001), de Ashutosh Gowariker. 224'

11/08 - Quinta
18h30 - A COR DO SACRIFÍCIO (Rang De Basanti, 2006), de Rakeysh Omprakash Mehra. 157'

12/08 - Sexta
18h30 - OMKARA (2006), de Vishal Bhardwaj. 155'

13/08 - Sábado
16h - JODHAA AKBAR (2008), de Ashutosh Gowariker. 213'

14/08 - Domingo
16h - COMO ESTRELAS NA TERRA (Taare Zameen Par, 2007), de Aamir Khan. 165'

19/08 - Sexta
18h30 - AMOR, SEXO E TRAIÇÃO (Love, Sex aur Dhokha, 2010), de Dibakar Banerjee.

21/08 - Domingo
16h - 3 IDIOTAS (3 Idiots, 2009), de Rajkumar Hirani. 170'

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