sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Bilal (2008) - বিলাল

-

Hoje foi o dia de ir ver Bilal na 33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Já adianto que será um pouco difícil escrever sobre este documentário. Pra começar, não sendo um filme, não há aqui espaço pra ficar contando a historinha, descrevendo o roteiro. Não, Bilal é um documentário e, assim sendo, mostra um caso real. E o que vi não é tão fácil de descrever.

Bilal é um menino de três anos de idade, filho de pais cegos e irmão de um menininho de um ano e meio. Moram todos dentro de um pequeno cômodo num bairro pobre de Calcutá. O próprio fato de pai e mãe serem cegos já merecia um documentário, mas a realidade é mais cruel ainda. O fardo dos pais cegos recai-se sobre o pequeno garoto, que tem sobre si a imensa responsabilidade de ser, na prática, os olhos da casa.

A incrível inteligência de Bilal surpreende, mas é também responsável por fazer dele uma criança muito travessa, pra não dizer violenta mesmo. O que vem primeiro não importa, mas o fato é que assim como ele apronta muito, na mesma medida ele apanha também muito. E antes fosse somente dos pais cegos que ele apanhasse; o garoto leva também da criançada da vizinhança, do menino que vai em casa ensiná-lo a ler, da avó, do tio... e ele revida como pode.

A cena chave do documentário é num momento em que, após ver a violência subjetiva instaurada por todos os lados, ele vai pra um canto com um ursinho de pelúcia e uma caneta e simplesmente enfia a caneta na cabeça do ursinho.

Num dado momento a mãe é questionada do por quê bater tanto no menino, e a resposta é seca e objetiva: "você não está aqui o tempo todo; eu sei o que acontece e o que tem que ser feito. Ele é muito levado e precisa aprender". Curiosamente, em muitos outros momentos os pais parecem ser muito carinhosos e isso percebe-se ser algo realmente natural também. É também real o fato de que Bilal consegue divertir-se no meio disso tudo, com muita espontaneidade e muita simplicidade.

É apenas uma criança.

Tudo o que se vê é angustiante do começo ao fim. A sala do Cine Olido, no centro de São Paulo, não estava muito cheia e umas cinco pessoas levantaram-se e foram embora antes de o filme terminar. Ver tudo isso não é fácil, mas mais difícil ainda é aceitar a realidade, é aceitar a violência humana levada de maneira tão natural.

Este documentário foi produzido e dirigido por Sourav Sarangi, com apoio do Ministério das Relações Exteriores da Finlândia. Sourav diz, no começo do filme, que conheceu Bilal quando sua esposa disse à ele que havia num hospital um bebê de oito meses com traumatismo craniano, cujos pais eram cegos. O desenrolar da história resultou nesse documentário.

Vejam abaixo o trailer deste documentário. E quem quiser, é possível assisti-lo inteiro, com legendas em inglês, aqui.



quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Delhi-6 (2009) - दिल्ली 6

-

E então lá fui eu hoje assistir a mais um filme indiano na 33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. E meu Deus, quando Delhi-6 acabou eu só tinha uma palavra na cabeça: "Wah!". Essa é a expressão em hindi para o nosso "uau", e era realmente só isso que eu tinha a dizer, ou pensar, ou reagir, ou o que fosse que tinha que acontecer.

Confesso que com esse filme eu tinha uma certa expectativa, principalmente pelos fatores a seguir: 1. por ser escrito e dirigido por Rakeysh Omprakash Mehra, diretor de Rang De Basanti (2006) - um dos melhores filmes indianos que conheço; 2. por ter Abhishek Bachchan como protagonista, o que na verdade não necessariamente significa alguma coisa; 3. e por ter trilha sonora de A.R. Rahman, que significa muito. E ao finalmente assisti-lo - e no cinema! - que bela surpresa!

O senhor Rakeysh Omprakash Mehra já havia conquistado o topo de meu respeito com Rang De Basanti, que foi seu segundo filme e é fantástico. Esse, o terceiro dele, só deixou claro pra mim que ele sabe o que faz e sabe fazer direito.

Ao que consta, Delhi-6 é uma ficção com muito de autobiográfico do próprio diretor, que cresceu no centro da Delhi velha, numa região conhecida como Chandni Chowk. Mas autorreferências à parte, o filme conta a história de Roshan (Abhsishek Bachchan), um estadunidense filho de indianos, que decide levar sua avó (Waheeda Rahman) a Delhi para que ela possa morrer em sua pátria. E o próprio Roshan narra a história toda.

E assim, nesse princípio, o filme é muito gostoso de se ver, pois Roshan vai descrevendo suas impressões da Índia, que para ele lá é tudo tão louco quanto para qualquer um ocidental - que é o que ele é, na verdade. Aos poucos, porém, as coisas vão acontecendo na tumultuada vizinhança da velha Delhi.

Pra começar, Bittu (Sonam Kapoor), filha do covarde vizinho Madangopal (Om Puri), está se preparando secretamente para participar do Indian Idols (a versão indiana do Ídolos). Ao mesmo tempo, está sendo acertada a sua venda, ou melhor, o seu casamento, totalmente contrário à sua vontade. E desde o primeiro instante os olhares de Bittu e Roshan entrecruzam-se anormalmente, por bem dizer.

Paralelamente - e na verdade como eixo central da história - Roshan já chega na velha Delhi num momento em que dizem estar havendo o ataque de um suposto macaco preto. A história cresce de tal maneira num disse-que-disse, a ponto de dizerem que o macaco preto tem quase o tamanho de um homem, luzes no peito, unhas grandes e afiadas e pula como se tivesse molas nos pés.

A idiotice toda vai tomando tal tamanho que os hindus e muçulmanos que conviviam pacificamente na Chandni Chowk começam a voltar-se um contra o outro. Embora, num primeiro momento, esse tema já pareça um tanto batido em águas bollywoodianas (ou mesmo britânicas, com o Quem Quer Ser um Milionário?), tudo foi levado de uma maneira original.

Daí pra diante contenho-me para não contar o final. Digo-lhes que o filme vai desenvolvendo-se numa angústia crescente e quase desesperadora. E eu coloco esse "desesperadora", porque sei muitíssimo bem que todas as cenas que aparecem lá não são mera ficção - antes fossem! Desespera saber que de fato certas coisas acontecem na Índia, sobretudo causadas por pura ignorância e intolerância. Ao mesmo tempo, entretanto, vinha-me um sentimento ambíguo de felicidade por ver mais um filme tão bom vindo de Bollywood, podendo ter a capacidade transformadora, como teve o próprio Rang De Basanti.

E Mehra não faz à toa. A história do macaco preto é 100% baseada no fato real que aconteceu em Delhi, em 2001, quando um suposto homem-macaco aterrorizou algumas pessoas. Eu acho que deve ser uma versão indiana do chupa-cabra, embora alguns por lá tenham dito que o Pé Grande havia vindo dos Estados Unidos, ou o Yeti havia descido os Himalaias. Mas isso não importa; importa sim como esse caso é tratado no filme como eixo central de uma profunda crítica à sociedade indiana que Rakeysh Omprakash Mehra já vinha fazendo desde seu último filme.

Enfim, e Rahman faz valer totalmente sua fama com as músicas dessa obra, sendo a trilha considerada uma das melhores que ele já fez. Também gostei bastante da atuação do Abhishek. O filme não foi muito bem recebido pela crítica indiana, nem pelo público, mas também não chegou a ser considerado um fracasso. É muito difícil entender o que faz a crítica gostar ou não de um filme, embora saber do que o público gosta seja mais fácil. Esse filme não tem song-and-dances e isso já quase basta para não fazer sucesso. Mas tem, ao menos, uma cena de música em Nova Iorque, por exemplo, que eu particularmente gostei.

Bom, e chega de falar. Ainda há chances de ver esse filme na Mostra; quem puder, não perca. E enquanto isso, o trailer:



segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Bollywood Dream - O Sonho Bollywoodiano (2009)

-


Nem a tempestade que resolveu cair na tarde de hoje, em São Paulo, impediu-me de ir à première do filme Bollywood Dream - O Sonho Bollywoodiano, na 33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Ok, também hoje era a única oportunidade que tinha para vê-lo. Cheguei em cimíssima da hora, com os pés encharcados, mas o esforço valeu à pena. Não só gostei do filme, como tive a grande sorte de dividir a plateia com o próprio elenco do filme, além da diretora Beatriz Seigner e de Ram Devineni, produtor da obra e curador da mostra de cinema indiano que anualmente ocorre aqui em São Paulo. Como sortes não podem ser desperdiçadas, em breve trarei a vocês uma entrevista exclusiva com as três protagonistas do filme e com a diretora.

Bollywood Dream estrela Paula Braun, Lorena Lobato e Nataly Cabanas, como três brasileiras que, mais ou menos na louca, vão à Índia tentar ganhar a vida como atrizes de Bollywood. O filme me passou a sensação de ser quase autobiográfico, embora seja tudo (supostamente) ficção. Do começo ao fim, situações vividas pelas brasileiras eram muito semelhantes ao que eu mesmo vivenciei por lá. A dificuldade com o sotaque, a reserva no hotel "cancelada", a felicidade dos indianos de descobrir que são brasileiras e imediatamente cantarolar "Aquarela do Brasil", o trem errado, ou simplesmente a pura curiosidade de ver ocidentais.

E pelo que já havia sido adiantado na postagem anterior, muitas cenas eram de fato vividas, sentidas, sofridas e assimiladas - ou não - pelas atrizes.

Elas chegam em Chennai, a reserva do hotel estava cancelada, vão parar num pseudo-hotel cujo gerente é muito gente boa e descobrem que a pessoa que elas tinham o contato não mora ali, mas sim em Mumbai, do outro lado do país. E ele era o contato para o mundo do cinema indiano. Mas como na Índia tudo é mesmo muito inesperado, elas acabam ganhando com a sorte, conhecendo um garoto que as ensina coreografias, além de serem apresentadas a uma atriz que lhes dá algumas aulas de interpretação na melhor técnica indiana de melodrama.

Nesse meio tempo, são confundidas por acaso com umas dançarinas russas e com isso iniciam uma bateria de ensaios de coreografias para definitivamente participarem de algum filme. Depois pegam o trem a Mumbai, mas vão parar em Varanasi por engano.

Mas isso tudo é um suposto enredo de fundo de um filme que fala muito mais de outras questões muito mais interessantes no que diz respeito ao efetivo choque entre culturas tão distantes. Como está na sinopse do filme no próprio site oficial, "seus sonhos se modificam no contraste entre o oriente e o ocidente, o ancestral e o novo, entre os valores individuais e coletivos". E é mesmo um pouco muito disso que é o filme. Tanto que, na verdade, não há um fim; ao menos não um fim como nossa mente costuma esperar e nos trai em momentos como esse.

Bom, e confesso que fiquei particularmente feliz de ver Paraneshwa Naiar como dono do pseudo-hotel em que elas se hospedam, em Chennai. Imediatamente lembrei-me do belíssimo filme tamil The Terrorist, de Santosh Sivan, no qual esse mesmo ator atua como dono da casa em que Malli, a terrorista, se hospeda. E em tempo, Santosh Sivan em pessoa é o produtor executivo do núcleo indiano deste filme de Beatriz Seigner.

E intercalado com o enredo, temos a oportunidade de ver algumas performances de Bhavana Rhya, a incrível dançarina Odissi brasileira. Aliás, quem tiver a oportunidade de assistir a alguma apresentação sua, não deixe de ir.

Enfim, é isso. Quarta-feira próxima será a última oportunidade de ver esse filme na Mostra de São Paulo. Espero que ele depois entre oficialmente em cartaz, dando mais oportunidades a todos.

E aguardem a entrevista com a diretora e as atrizes que em breve sairá exclusivamente para vocês, aqui no Cinema Indiano. E em tempo, o filme entra em cartaz em 29 de abril de 2011.

E abaixo vejam o trailer do filme:

Artigo sobre o filme "O Sonho Bollywoodiano"

-
Só teremos mais duas oportunidades para assistir à coprodução indo-brasileira O Sonho Bollywoodiano na Mostra de São Paulo, sendo uma hoje mesmo e outra na quarta-feira.

Enquanto isso, leiam o artigo que saiu hoje no portal G1 sobre esse filme:

Atriz Brasileira lembra experiência de filmar na Índia: "Passamos perrengues"
Coprodução entre Brasil e Índia, "O Sonho Bollywoodiano" está na Mostra. Paula Braun conta sobre a viagem e diz que viveu momentos inesquecíveis.
Débora Miranda, do G1, em São Paulo

Depois da moda indiana que tomou o país com a novela "Caminho das Índias", chega agora aos cinemas uma coprodução entre Brasil e Índia, com elenco e diretora brasileiros. Em cartaz na Mostra Internacional de São Paulo, "O Sonho Bollywoodiano" foi rodado na Índia, com o apoio de um produtor indiano, mas conta a história de três atrizes brasileiras em busca de trabalho em Bollywood - o maior mercado de cinema do mundo.

A atriz Paula Braun, conhecida por sua atuação em "O Cheiro do Ralo" (como a dona da bunda pela qual o personagem de Selton Mello se apaixona), conta que a ideia do flme surgiu durante um almoço de amigas. "Fazer 'O Cheiro do Ralo' foi muito legal, porque foi quando começou o interesse pelo meu trabalho. Cinema é o que eu sempre quis fazer. Mas fiquei um pouco assustada [com a repercussão do longa] e estava pensando em fazer uma viagem", lembra.

Conversando com as atrizes Beatriz Seigner e Lorena Lobato, surgiu a ideia da Índia. "A Bia me falou da Índia, para onde ela tinha ido. Passamos o almoço conversando sobre isso e nasceu a ideia de fazer um filme lá", lembra a atriz, namorada de Mateus Solano, que interpreta os gêmeos Miguel e Jorge em "Viver a Vida".

O trio foi então a um festival de cinema indiano realizado em São Paulo, e entrou em contato com o produtor Ram Devineni, um indiano que vive nos Estados Unidos. "Chegamos na cara de pau e falamos que queríamos fazer um filme. Ele achou a gente meio maluca,mas comprou a ideia. A Bia escreveu, produziu e foi atrás de tudo". Beatriz acabou ficando respnsável pela direção do longa, que além de Paula e Lorena conta ainda com a participação de Nataly Cabanas.

As quatro embarcaram para a Índia, onde o longa seria rodado. "Nossa base foi em Chennai, onde ficamos por cerca de três semanas, mas depois passamos por outras cidades próximas. A maioria era menos turística, a gente chegou a ir a vilas sem telefonoe. No começo foi difícil, pois é um país machista. Éramos três mulheres, diferentes deles fisicamente, chamávamos muito a atenção. E mais uma mulher dirigindo. Às vezes o clima ficava tenso. Quando começávamos a filmar, juntava muita gente, muito homem", lembra.

"Para mim foi uma experiência forte. Havia momentos em que me sentia num lugar de ninguém. Qualquer coisa que acontecesse comigo lá, ia ser dif'ícil conseguir assistência, pois não entendia nada o que eles diziam, e não é todo mundo que fala inglês. Dava um pouco de desespero às vezes, passamos por vários perrengues. Mas também tivemos momentos inesquecíveis", conta, destacando a equipe indiana contratada para colaborar com as filmagens.

Em cena, as três protagonistas também enfrentaram perrengues. Paula conta que muita coisa foi aproveitada das experiências reais vividas pelas três no país. "A gente nunca tinha ido para a Índia. O que as personagens estavam estranhando e conhecendo, nós também estávamos. A Bia tinha a câmera sempre com ela, às vezes ligava e resgitrava o momento."

O Sonho Bollywoodiano

Segunda-feira (26), às 15h40, no Cinema da Vila
Quarta-feira (28), às 14h30, no Unibanco Arteplex 5

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Já temos novo banner!

-
Queridos eleitores, ops, leitores, muito obrigado pela participação de todos! É com muito prazer que lhes informo que, com 15 votos e 2 menções, o banner vencedor foi o número 1, feito por nada mais que eu mesmo, Ibirá Machado.

O segundo banner mais votado foi o número 3, realizado por Willian Robert, tendo ele recebido 11 votos. Curiosamente, o banner de número 5 (realizado pela equipe do Grand Masala) foi citado por 6 pessoas, mas recebeu oficialmente apenas um votinho, enquanto que o banner número 2 recebeu 4 votos oficiais, mas nenhuma menção específica. E o quarto banner, pobrezinho, recebeu apenas um voto e nenhuma menção.

Como houve aconselhamentos de melhorias aqui e ali, penso que o banner vencedor passará por algumas sutis alterações cosméticas com o intuito de deixá-lo ainda melhor. Mas por enquanto, aí acima ficará o banner eleito tal qual vocês o conheceram.

E abaixo, despeçam-se do antigo layout de nosso querido Cinema Indiano, agora com nova carinha, pouco a pouco virando gente grande, graças a todos vocês! Mais uma vez, meus sinceros agradecimentos a todos que participaram, e um agradecimento especial aos que inscreveram suas propostas, sem as quais a mudança perderia toda a graça.


quarta-feira, 21 de outubro de 2009

33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

-

Amigos, na sexta-feira próxima, dia 23 de outubro, dá-se início a 33ª Mostra Internacional de São Paulo, a mais importante do país e cada vez mais vicejada no resto do mundo.

E como sempre, há filmes indianos na programação e é isso que aqui nos interessa. Serão cinco filmes realizados na Índia, mais a premiere da primeira produção indo-brasileira da história. Dos cinco filmes genuinamente indianos, dois são de Bollywood e os outros três são obras independentes.

Talvez por influência de Jodhaa Akbar, que na Mostra passada foi tão bem aceito que levou até o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro pelo público, desta vez há a aposta em mais dois filmes bollywoodianos. E de forma geral, um número de 5 filmes e meio originários da Índia nesta Mostra é algo bem relevante.

E vamos aos filmes e seus horários de exibição. Marquem em suas agendas as datas que podem e não percam esta brilhante oportunidade. Lá vai:

Delhi - 6 (2009)
27/10 (terça) - 20h - Unibanco Arteplex 3
30/10 (sexta) - 16h20 - Cinemateca Sala BNDES
02/11 (segunda) - 14h - Unibanco Arteplex 4
05/11 (quinta) - 18h10 - Unibanco Arteplex 1

Oye Lucky! Lucky Oye! (2009)
24/10 (sábado) - 18h30 - Multiplex Marabá 2
25/10 (domingo) - 16h30 - Espaço Unibanco Pompeia 2
29/10 (quinta) - 17h20 - Unibanco Arteplex 4
31/10 (sábado) - 18h20 - Matilha Cultural

Firaaq (2008)
23/10 (sexta) - 12h - Reserva Cultural 1
28/10 (quarta) - 17h10 - Cinemateca Sala Petrobras
31/10 (sábado) - 16h40 - Reserva Cultural 1
05/11 (quinta) - 19h30 - Unibanco Arteplex 4

Madholal Keep Walking (2009)
24/10 (sábado) - 18h10 - Cinemateca Sala BNDES
26/10 (segunda) - 17h30 - Cinema da Vila
1/11 (domingo) - 19h50 - MIS-Museu da Imagem e do Som
05/11 (quinta) - 18h50 - Unibanco Arteplex 2

Bilal (2008)
27/10 (terça) - 17h50 - Espaço Unibanco Pompeia 2
30/10 (sexta) - 17h - Cine Olido
31/10 (sábado) - 13h30 - Cinesesc
1/11 (domingo) - 17h50 - Cine Bombril 2

Bollywood Dream - O Sonho Bollywoodiano (2009)
24/10 (sábado) - 19h50 - Unibanco Arteplex 1
25/10 (domingo) - 14h - HSBC Belas Artes - Sala 2
26/10 (segunda) - 15h40 - Cinema da Vila
28/10 (quarta) - 14h30 - Unibanco Arteplex 5

Para saber detalhes de cada filme, basta clicar nos títulos. Para endereços de onde os filmes serão exibidos, clique aqui. E para saber a programação completa da Mostra, entre no site oficial, aqui. E a vinheta:



terça-feira, 20 de outubro de 2009

Kanchivaram (2008) - காஞ்சிவரம்

-

Fazia um certo tempinho que eu não via filmes fora do circuito hindi e de repente fui ver nada mais que a obra tamil que ganhou o prêmio de Melhor Filme no National Film Awards desse ano, premiação esta entregue pelo governo indiano para toda a produção de cinema do país.

Kanchivaram é um belíssimo filme, escrito e dirigido por Priyadarshan. Prakash Raj, protagonista do filme e que na mesma premiação levou o prêmio de Melhor Ator, é fantástico. Isso sem falar na trilha sonora, de M.G. Sreekumar, que é deliciosa. A fotografia, então, é linda. E o enredo é delicado, sensível, denso e poético. Ufa, basta de elogios?

Esse filme conta um caso fictício num fato histórico real que se passou no Tamil Nadu, à época da Índia recém-independente. Naquele período - e quiçá talvez até hoje, confesso que não sei - aquela região da Índia produzia as melhores e mais bonitas peças de seda, cobiçadas pelo mundo inteiro e que por séculos teve o comércio controlado pelo Reino Unido. O município de Kanchivaram (atual Kanchipuram), em especial, era um centro notório dessa produção.

Acontece que enquanto os líderes locais lucravam horrores com a comercialização da seda (sem falar nos britânicos que compravam e depois revendiam a preços ainda mais absurdos), os tecelões - fonte de toda a criatividade dos belos tecidos - seguiam absolutamente pobres, pra não falar miseráveis. Enfim, a estrutura que conhecemos bem.

Quando o filme começa, um prelúdio em texto nos informa da importância da seda no hinduísmo, dizendo que, por sua pureza, recomenda-se usá-la ao menos em dois momentos da vida: no casamento e na morte. Acontece que até mesmo pra comprar um novelo de fios de seda já é caro demais pra um mero tecelão. Para eles, possuir um pedaço de seda é tão absolutamente impossível que nem em sonho isso passa na cabeça deles.

Mas Vengadam (Prakash Raj) resolveu sonhar o impossível. No nascimento de sua primeira filha, ao cumprir o ritual de fazer uma promessa no ouvido da neonata, promete-lhe um sari de seda em seu casamento. Todos que estão presentes entreolham-se e a esposa de Vengadam, Annam (Shreya Reddy), recolhe-se, entristecida. Mas Vengadam tenta convencê-la de que se eles pouparem dinheiro o tanto quanto puderem, na hora do casamento de Thamarai (Shammu), a filha, eles teriam dinheiro suficiente para comprar o sari de seda prometido.

Acontece que o próprio Vengadam trai o acordo, ao dar ao seu cunhado uma bela quantia do dinheiro guardado, já que ele passava por problemas. Para contornar, e tentar garantir que a promessa se cumprisse, Vengadam começa a roubar fios de seda todos os dias ao sair da tecelagem, enfiando os novelinhos na boca e evitando ser descoberto. Assim, dia após dia, e por 16 anos, Vengadam tecia um sari de seda pra sua filha no velho tear de seu pai, sem que ninguém soubesse.

A história vai se passando em flash back. Vengadam está sendo levado da prisão, de Koimbatore a Kanchivaram, num dia de muita chuva. Os policias que o acompanham levam-no num ônibus, e de tudo acontece durante essa viagem, que se torna angustiantemente longa. Enquanto tudo vai acontecendo, o pensativo Vengadam vai lembrando-se de toda sua vida, até chegar onde chegou - e o filme são suas lembranças. Assim percebemos que a maior parte da história se passa com a Índia ainda dominada pelos britânicos, durante o período da Segunda Guerra Mundial.

Nesse cenário, Vengadam acaba entrando em contato com os ideais comunistas, primeiro clandestinamente, mas depois "liberados" após a União Soviética lutar ao lado dos Aliados, dos quais a Grã-Bretanha pertencia. Ele torna-se um líder revolucionário dos tecelões, e comanda a primeira greve entre eles. No entanto, ele se vê entre a cruz e a espada ao receber um ultimato para casar sua filha. O problema era que o sari ainda não estava pronto e para terminá-lo o único jeito seria voltar a trabalhar nas tecelagens para seguir roubando a seda e cumprir sua promessa.

A verdade é que até esse ponto já estamos relativamente próximos ao final do filme. Muito se passa nesse meio tempo, e omiti fatos um tanto pesados na história - assim garanto um certo efeito surpresa. Mas o desfecho da história surpreende um bom tanto, ao mesmo tempo em que a delicadeza da trama é mantida do começo ao fim.

A parte real da história é que os tecelões de Kanchipuram existem até hoje, e de fato eles passaram por uma micro-revolução nos primeiros anos da independência do país, eliminando as estruturas opressoras e formando cooperativas.

Não vi todos os filmes que concorreram no National Film Awards de 2009, mas esse filme tamil é totalmente merecedor, sem sombras de dúvidas.

Ah, e vale muito dizer que esse filme pode ser visto completo no YouTube, em 13 partes, com qualidade boa da imagem e legendas em inglês. E por hora, fiquem com o trailer:



sábado, 17 de outubro de 2009

Novo Banner para o Cinema Indiano - Votação

-
Ontem encerrou-se o prazo de entrega das propostas para o novo banner para o Cinema Indiano. Eu apenas não tinha revelado ainda os materiais que recebi devido ao Diwali, que apareceu no meio do caminho e - obviamente - ganhou prioridade aqui.

Houve baixíssima participação neste concurso, o que é compreensível, embora eu me recuse um certo-tanto-muito-bastante em aceitar o argumento de que não sabem mexer "nessas coisas". Ora, ora! Pois agora o prazo já acabou e revelo a todos quais são as cinco opções que ficarão no pleito.

Vocês é que irão decidir qual cabeçalho é o melhor. Como acredito que, neste caso, é um tanto arriscado deixar a opção de enquete ao lado, prefiro que vocês deixem seus votos aqui mesmo, em forma de comentário. Aceito votos anônimos, quanto a isso não se preocupem - o importante é não deixar de participar! As votações ficarão em aberto por uma semana e no fim de semana próximo nós aqui já teremos uma nova carinha.

O nome do proponente vencedor será divulgado após o término da votação. E para ver com mais nitidez, recomendo clicarem nas imagens para vê-las ampliadas.

E agora, com vocês, as cinco propostas. Confiram e elejam uma - e tão somente uma - dentre as cinco:

1.






2.






3.







4.







5.





Feliz Diwali!

-
Queridos leitores do Cinema Indiano, para quem ainda não sabe, hoje é celebrado o Diwali, o Festival das Luzes da Índia, que é considerado o maior festival de todo o país, provavelmente maior até que o Holi, celebrado no primeiro semestre.

Embora de origem hindu, o festival das luzes é comemorado por praticamente toda a população indiana, inclusive por muitos muçulmanos. A grosso modo, simboliza a vitória da luz sobre as trevas.

E pra celebrar a ocasião, trouxe para vocês a múscia Aayi Diwali Aayi, do filme Khazanchi, de 1958. Quem canta é a célebre Asha Bhosle.

Eu poderia até mostrar alguma música de algum filme mais recente, mas como (quase) nunca falo de filmes antigos, e como esse clipe é bem bonitinho, decidi compartilhá-lho. E confesso que isso é um pouco de contaminação que sofri de tanto ver postagens sobre os clássicos indianos no simpaticíssimo blog Grand Masala, que vocês não podem deixar de conferir.

Deliciem-se:



Colaborou: Rodolfo

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Os professores nos filmes de Bollywood

-

Hoje, 15 de outubro, é Dia dos Professores aqui no Brasil. Muitas escolas fecharam hoje, em merecido respeito aos imprescindíveis mestres que nos ensinaram e ensinam sobre o mundo. Alguns conseguem ter a façanha de fazermos odiar certas disciplinas, ou certos assuntos, mas por vezes estes mesmos são responsáveis pela paixão de alguns outros por determinados temas. Nossas demandas e nossas resistências fazem com que nossos mestres sejam também esforçados aprendizes, com suas inerentes dificuldades e facilidades, num dos movimentos dialéticos mais lindos que podem existir em nossas vidas.

Estou escrevendo este texto um pouco tarde, pois certamente a maior parte de vocês já estará lendo isto quando o sol ilumina o dia seguinte , mas ainda assim deixo aqui o meu profundo respeito e admiração pelos professores - de todas as categorias -, em reconhecimento pelos seus esforços e pela missão que todos têm a cumprir. E das mais dignas, que bem se diga.

E sim, nosso blog é sobre cinema indiano. Pois bem. Na Índia, o dia dos professores é comemorado no dia 5 de setembro, ou seja, ficou 40 dias para trás. Naquela ocasião, foi publicado um texto na glamsham.com falando a respeito de alguns filmes de Bollywood que abordaram a temática dos professores ao longo da história. Como eu fui ter acesso a esse artigo há pouco tempo, achei por bem deixar para pulicá-lo hoje (ainda que nos últimos minutos do dia), em homenagem aos nossos professores.

Então aqui vai:

O Dia dos Professores e os professores nos filmes hindi
Enkayaar

Um dos fatos mais subestimados que existem é de que a indústria de filmes é uma indústria que inevitavelmente desenvolve-se a partir da relação entre mestre e discípulo. O mais sincero e direto reconhecimento dessa relação veio de Raj Kapoor, que disse que ele não estaria onde está, não fosse o efeito que teve nele a obra de Kidar Sharma. Da mesma maneira, para Rishi Kapoor, foi Raj Kapoor quem lhe ensinou as mais sutis possibilidades da arte de se fazer cinema, fazendo-o entender como caminhar no labirinto do mundo do cinema.

O papel básico de um professor é o de ensinar, e a partir dessa perspectiva podemos encontrar uma série de fatos que comprovam que o cinema não está de fora dos exemplos dessa relação entre mestre e discípulo.

Quando o tema da relação entre professor e aluno aparece nas telas, o Big B é um dos que mais fizeram este tipo de papel no cinema. Ao fazer tais papéis, porém, ele deve dedicá-los a um ilustríssimo professor que ele teve ainda dentro de casa, certamente sua inspiração - Harivansh Rai Bachchan [seu pai]. O primeiro personagem como professor apareceu em Chupke Chupke (1975), no qual era um professor de inglês e que conquistou grande respeito. A mesma consideração repetiu-se em Kasme Vaade (1978), que embora ele tenha tipo uma pequena participação, sua atuação como professor foi feita com tanta dedicação que até hoje não foi superada totalmente. Na geração seguinte, quando vestiu de novo as roupas de professor em Mahabbatein (2000), ele mostrou como um professor transforma-se a partir das próprias experiências. Mohabbatein é sem dúvidas um tributo à profissão de ensinar e um exemplo de como duas gerações de professores - e suas respectivas visões de mundo - podem entrar em conflito; o professor mais novo é nada mais que Shahrukh Khan.

Outra característica do professor que tem sido experimentada com frequência nos filmes é a de preparar o aluno a enfrentar o mundo e lutar contra as injustiças. Essa questão foi também interpretada por Amitabh Bachchan algumas vezes, mas sua geração seguinte trouxe isso com mais força. Ajay Devgan, Sanjay Dutt e Salman Khan, além de Aamir Khan, seguiram com essa tradição.

Em relação ao papel de um professor na formação e crescimento de uma criança, nada bate os filmes Kitaab (1977), de Gulzar, e Taare Zameen Par (2007), de Aamir Khan. A diferença entre esses dois filmes está no fato de que em Kitaab a preocupação está em trazer a questão da importância da escola em si, e em Taare Zameen Par é escolhido um tema em específico para enfatizar essa questão.

Um fato bem irônico disso tudo é que embora o cinema hindi tenha justamente o hindi como sua língua, os professores de hindi são sempre os mais ridicularizados, filme após filme. Provavelmente isso deve-se ao fato de uma certa aversão que existe de se falar o hindi corretamente, e assim tal professor acaba sendo caricaturado. Asrani, Jagdeep etc., representaram esse tipo de professor.

O cinema hindi também não deu a importância devida às professoras. Quando apareciam, elas estavam mais ligadas à sexualidade do que ao papel de professora em si. Ela foi mais representada como um produto efetivamente do que em sua sensibilidade, e a última manifestação disso foi em Main Hoon Na (2004); no passado, foi em Mera Naam Joker (1970).

Independentemente do que virá, o que é certo é que o cinema hindi não sorevive sem os professores. E esse é um momento oportuno pra reolharmos de que maneira os professores vêm sendo representado ao longo dos tempos.

[adendo do Ibirá: embora eu tenha achado esse artigo interessante, senti falta de outros notórios professores do cinema indiano, como o professor Debraj Sahai, do lindo filme Black (2005), interpretado pelo próprio Amitabh Bachchan, ou do treinador de Chak De! India (2007), interpretado por Shahrukh Khan. Ambos os filmes são ótimos e foram muito premiados e, na minha opinião, deveriam ter sido mencionados. As duas primeiras fotos desta postagem, portanto, referem-se a eles.]

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Camlin Whiteboard Markers

-

Lá pelos idos do mês de abril, quando o Cinema Indiano fundava oficialmente sua vertente dos comerciais indianos, exibimos a bem bolada propaganda da Caneta Camlin, que abordava questões intrínsecas às tradições indianas.

Desta vez, descobri uma série de três curtos comerciais sobre canetas para lousa branca da mesma marca Camlin. Não consegui em nenhum canto encontrar que agência foi responsável por tais propagandas, assim como não sei ao certo de quando são. O que posso dizer é que, no mínimo, estes comerciais foram feitos em 2006, senão antes. Isso porque dois deles datam deste ano quando foram colocados no YouTube.

Bom, e vamos a eles. Todos os três se passam numa sala de reuniões de alguma companhia, com um senhor (possivelmente o chefe, ou algo em nível próximo) explicando aos funcionários o que precisa ser feito na empresa - e para isso utiliza a lousa e uma caneta Camlin. O primeiro chama-se Repositioning (Reposicionamento), no qual o tal senhor diz o seguinte:

- Na verdade, o que essa organização realmente precisa é reposicionamento. Isso significa que...

E então eis que ocorre o que vocês verão a seguir:



O segundo comercial chama-se One-on-One Approach (algo como "Atenção individualizada", mas que pode ser interpretado literalmente como "aproximação um a um"). Aquele mesmo senhor diz:

- O que essa organização precisa é de uma atenção individualizada...

E daí, quando ele se volta aos funcionários, vê o seguinte:



E finalmente, o terceiro da série chama-se Change (Mudança, mas que também pode ser "troco" - de dinheiro -, por exemplo). O senhor, de volta, inicia dizendo que:

- O que a organização precisa desesperadamente é de mudança...

Mas ele vira-se e...



E no fim das contas, o que importa é que a caneta é facilmente apagável da lousa branca. E aí está mais um bom exemplo da criatividade indiana, com qualidade, humor simples e sem deixar de lado as boas sacadas.

Ah, e antes que me esqueça (mas já tarde), feliz Dia das Crianças e feliz Dia de Nossa Senhora Aparecida a todos! :)

sábado, 10 de outubro de 2009

Nascidos como Estrelas

-
Há pouco mais de um mês, a Yahoo Movies, em sua página dedicada a Bollywood, publicou uma simpática reportagem sobre alguns dos astros indianos que já nasceram em célebres berços e, tal qual seus pais, seguiram brilhando. Chama-se Born Like Stars.

Nem todos foram abordados, mas os que aqui estão formam um bom apanhado. Fiz uma tradução livre dos textos, originalmente em inglês. Além disso, compilei mais fotos do que as que estavam na reportagem. Por fim, decidi incluir Saif Ali Khan ao lado do tópico de sua irmã, Soha Ali Khan. Achei estranho falarem dela e deixarem ele totalmente de lado. E achei engraçado a reportagem ter deixado no final alguém que, na verdade, não é filha de uma personalidade do cinema. É famosa, e seu pai é mais ainda, mas não são do cinema.

Bom, aí vai:

Essas pequenas estrelas são seguras, bonitas e talentosas, mas ainda assim deve ser difícil brilharem por conta própria, com as críticas sempre fazendo comparações entre eles e seus pais. Vejam esses filhos de estrelas que deram a volta por cima e provaram eles mesmos serem capazes.

Shruti Hassan: Shruti Hassan, filha dos atores Kamal Hassan e Sarika, apareceu pela primeira vez na telona no filme Luck. Ela é tão talentosa quanto seus pais, se não mais. Alguns dizem que ela é a cara da mãe, Sarika. Nós temos certeza que ela é muito grata por seus genes e definitivamente orgulhosa também.

Ranbir Kapoor: Você nunca verá tudo o que tem para oferecer esse jovem destruidor de corações. Ranbir é filho dos talentosos Neetu e Rishi Kapoor. Ele fez sua marca em Bollywood com o filme Saawariya, de Sanjay Leela Bhansali. Há um dito que diz que os filhos são reflexo da mãe, e Ranbir não tem como não provar que isso está mais do que certo. Não apenas suas maneiras são comparadas às da sua mãe, mas ele é a cara dela.

Esha Deol: Esha Deol é filha da antiga dream girl Hema Malini. São seus olhos ou seu sorriso que a fazem lembrar tanto sua mãe? Ela pode ainda não ser tão famosa quanto a mãe, mas certamente tem a beleza para encantar seus fãs.

Raima Sen: Raima Sen pode não ter encontrado o caminho pra fama tão facilmente quanto a mãe, Moonmoon Sen, mas essa linda atriz encaixa-se perfeitamente na beleza glamurosa das atrizes clássicas, tal qual sua mãe.

Soha Ali Khan e Saif Ali Khan: Soha Ali Khan, a filha de Nawab Pataudi e Sharmila Tagore, é a cópia escarrada de sua mãe. E certamente ela deve ter muito orgulho de ser comparada a ela, já que herdou toda sua beleza. Embora Soha seja um pequeno bebê quando comparada à carreira de mais de 200 filmes de Sharmila, ela demonstra-se confiante em seu próprio caminho. [do Ibirá: ok, e Saif é Saif, precisa dizer mais?]

Hrithik Roshan: Ele tem todos os atributos de um superstar. Os olhos claros, o rosto de Deus grego, além de ser gostosão. Agora, como você pode tirar os olhos dele e pensar que ele pode lembrar alguma outra pessoa? Mas espere, ele se parece com seu pai. Os mesmos olhos claros e o andar viril. Sim, estamos falando de Rakesh Roshan. Não surpreende que Hrithik tenha seguido os mesmos passos do pai, porém para ser muito mais bem sucedido que ele como um ator.

Abhishek Bachchan: Filho dos versáteis atores Amitabh Bachchan e Jaya Bachchan, Abhishek não demorou muito pra provar que herdou todas as habilidades de atuação que tiveram seus pais. Ele não apenas anda e fala quase como seu pai, mas também parece com ele. Abhishek pode não ser recebido como um superstar à altura de Amitabh, mas nós sabemos que ele está aqui pra ficar.

Sunny Deol: Não há outra dupla de pai e filho que se pareça tanto quanto essa. Sim, estamos falando do pai Dharmji e seu elegante filho Sunny Deol. Os fãs de Dharmendar não ficaram desapontados quando ele resolveu abandonar a carreira de ator, já que eles poderiam consolar-se olhando para seu reflexo, Sunny Deol. Ninguém esperava que "Garam" Dharam - como é conhecido em Bollywood - seria substituído por uma cópia em carne e osso.

Anoushka Shankar: Anoushka, filha do lendário citarista Ravi Shankar, pode ter herdado o talento e a aparência de seu pai, mas ela também galgou o seu próprio reconhecimento. Anoushka começou a tocar por volta dos oito anos, sob supervisão do pai, e nunca mais quis parar. Mas não tem como não ver nela o reflexo do mestre da música clássica indiana.

Colaborou: Sandra Bose

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Bollywood na campanha do Metrô de São Paulo?

-
Estava eu na minha tranquilidade dominical, trabalhando no computador (sim, trabalhar em casa tem dessas também), quando algo me chamou a atenção na televisão. Era um comercial do Expansão SP, nome dado ao mega programa de investimentos que o governo estadual de São Paulo está fazendo na rede metro-ferroviária da capital paulista, que muito me interessa saber. Estava achando o comercial bem boladinho, apresentado por Dan Stulbach, até que ele chega ao final e... enfim, e foi que eu não sabia se ria ou se chorava.

O fato é que o comercial termina com um jingle que ele em si não é nada demais. O inusitado - e muito! - é a dancinha que acompanha o jingle. Obviamente inspirado no desfecho do filme Quem Quer Ser um Milionário? (Slumdog Millionaire, 2008) esse comercial termina com uma multidão dançando na plataforma da nossa centenária Estação da Luz, aqui de São Paulo, tal qual no filme de Danny Boyle.

Se o diretor britânico fez no final de seu filme uma homenagem direta e explícita a Bollywood, o que os publicitários deste comercial estão fazendo é apenas embarcando na onda (que por aqui foi super incrementada com a novela Caminho das Índias). Não há absolutamente nenhuma referência direta à Índia ou a Bollywood nesta propaganda, mas como sabemos que influências são assim, da Índia à Inglaterra ao Brasil, aí está um pouquinho de Bollywood na campanha do Metrô de São Paulo.

E por isso achei interessante compartilhar com todos. Desde domingo que procuro todos os dias este comercial na internet, mas somente hoje apareceu, finalmente! Ah sim, e que fique claro que não estou fazendo propaganda do governo estadual - longe de mim e deste blog!

Pois agora vejam o comercial, e divirtam-se!



terça-feira, 6 de outubro de 2009

Concurso Novo Banner para o Cinema Indiano

-
Uma semana e 54 votos depois, a enquete decidiu que o Cinema Indiano deve mudar seu cabeçalho, com quase 80% de aprovação pela mudança. Agradeço a todos que votaram, querendo ou não a mudança, e agradeço também aos que não votaram, mas internamente fizeram as suas escolhas. Aos que votaram para que este blog continue do jeitinho que está, espero que compreendam que a vontade da imensa maioria deve ser respeitada. E afinal de contas, não podemos querer ser tal qual Peter Pan e sua eterna juventude; há que se mudar, crescer, amadurecer, e produzir bons frutos. Frutos esses que devem ser saboreados com gosto por cada um de vocês!

Bom, deixemos a melação de lado, e vamos ao que interessa. A partir de agora, anuncio com muito prazer a abertura das inscrições para as propostas de novos banners para o Cinema Indiano. A partir de hoje, as novas propostas de banner poderão ser enviadas por 10 dias, depois dos quais nova votação será aberta para a escolha do melhor.

Aos interessados, atenção às regras:

  • Os banners deverão medir 1250X150 pixels;
  • As cores laranja e verde, nos tons deste blog, deverão ser priorizadas;
  • Não carregar muito nas imagens, procure fazer algo mais suave;
  • Preferencialmente, elaborar o banner em Photoshop, para possíveis alterações posteriores;
  • Inscrever a proposta até o dia 16 de outubro de 2009;
  • Enviar o arquivo em .jpeg ou .png para o email cinemaindiano@gmail.com, dizendo também o nome do autor;
  • É permitido mais de uma inscrição por pessoa.
E aqui, atualizando uma informação que tanto interessa ao potencial vencedor do cabeçalho mais bonito: o prêmio! Se o ganhador ainda não tiver visto Taare Zameen Par, receberá em sua casa um DVD deste filme (pirata, que bem se diga) com legendas em português. Caso já tenha visto, mas queira o DVD mesmo assim, o terá da mesma forma. Mas ainda haverá a opção de o ganhador escolher outra obra dentre os filmes de meu acervo digital (poucos legendados em português), que eu converterei em DVD e enviarei da mesma maneira.

Para inspirá-los, abaixo vão as minhas duas propostas que fiz. Devo dizer a todos que eu não sabia mexer em photoshop, e ainda não sei quase nada. Mas aprendi um mínimo fuçando tutoriais na net durante a semana, suficiente pra fazer esses dois banners que vão abaixo. E digo isso como incentivo a todos tentarem!