terça-feira, 28 de outubro de 2008

32ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo



Peço desculpas por estar fazendo esta postagem somente agora, mas confesso que foi somente agora que descobri que a Índia também está na 32ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. O fato é que, por algum lapso, ou porque não estava mesmo, eu não havia encontrado nenhuma produção indiana na programação da mostra. De repente, hoje, estava eu checando a programação do dia, e encontrei nada mais que Jodhaa Akbar na programação, com os deuses de Bollywood Aishwarya Rai e Hrithik Roshan. Então fui conferir de novo a programação por país e encontrei a Índia, de última hora, representada por quatro filmes. Digo última hora porque, infelizmente, três dos quatro filmes tiveram sua última exibição hoje, terça-feira, dia 28/10. Um ainda poderá ser visto na quinta-feira próxima.

De qualquer maneira, colocarei aqui as sinopses e os horários dos quatro filmes, apenas para constar tudo direitinho. Então lá vai:

BIOSCÓPIO (Bioscope, 2008), de K.M. Madhusudhanan
Diwakaran entra numa nova fase de sua vida quando adquire um bioscópio do francês Dupont, que havia feito algumas exibições com o aparelho em Pondicheri. Ao voltar para casa, começa a fazer exibições no vilarejo. Os moradores recebem as novas imagens com inocência, mas algumas pessoas suspeitam que dentro dele escondem-se os fantasmas dos britânicos. Enquanto isso, seu pai, preocupado com a doença da nora Nalini, procura formas de cura pela astrologia e feitiçaria, pois não acredita que os remédios modernos possam curá-la. A pedido seu, um xamã os visita acompanhado por uma garota muda que fala sobre o passado e adivinha o futuro. O exorcismo do curandeiro soa como um toque fúnebre para o bioscópio. É a força da tradição impedindo o pulso da modernidade.

Sessão Data Sala
428 21/10 - terça-feira
18:05
Centro Cultural São Paulo
486 22/10 - quarta-feira
20:50
Cinemateca - sala Petrobras
1207 30/10 - quinta-feira
22:00
Cinemark - Shopping Eldorado

CRIANÇAS DA PIRA (Children of the Pyre, 2008), de Rajesh S. Jala
Sete crianças extraordinárias ganham a vida com os mortos de Manikarnika, o maior crematório da Índia. Temperados pelo fogo da pira, fortalecidos em face das adversidades, escolados pela torrente de abusos, vemos esses diabinhos dando voltas nas piras e lutando para tentar se agarrar a suas vidas. Uma terrível saga de exploração que celebra a vitória da inocência sobre a realidade mais dolorosa da vida.

Sessão Data Sala
359 20/10 - segunda-feira
22:00
Espaço Unibanco Augusta 4
550 23/10 - quinta-feira
15:40
Unibanco Arteplex 2
815 25/10 - sábado
21:50
Espaço Unibanco Pompéia 10
1017 28/10 - terça-feira
13:30
Espaço Unibanco Augusta 3

JODHAA AKBAR (Jodhaa Akbar, 2008), de Ashutosh Gowariker
Superprodução épico-musical de Bollywood, Jodhaa Akbar conta a história de uma aliança entre duas culturas e religiões, onde o Imperador muçulmano Jalaluddin Mohammad Akbar casa-se com a jovem e destemida Jodhaa, filha do Rei hindu Bharmal de Amer. Um romance épico do século 16 que parte dos campos de batalha onde o jovem Jalaluddin é coroado, passando pelas conquistas que lhe deram o título de Akbar, o Grande. Em seus esforços para fortalecer suas relações com os hindus, Akbar aceita desposar a bela e desafiante Jodhaa, sem saber que vai por sua vez embarcar numa nova jornada – a jornada do amor verdadeiro.

Sessão Data Sala
219 19/10 - domingo
16:00
Cine Bombril Sala 1
420 21/10 - terça-feira
14:00
HSBC Belas Artes 2
1046 28/10 - terça-feira
20:35
Cine TAM

QUATRO CAPÍTULOS (Chaturanga, 2008), de Suman Mukhopadhyay
Os primeiros anos do século vinte, jovens de mentes idealistas e seus amores fatalistas entre áreas nebulosas, da escuridão e a superstição para uma luz ofuscante de um frio e distante iluminismo. É a história de como nós somos e como nós queremos ser. O filme centra-se em três principais personagens: Sachish, Sribilash e Damini, uma jovem viúva. O agitado trio não tem destino certo, nem pode resolver o recíproco triângulo de desejo, obedecendo a alguma lei social ou máxima divina. Contudo, o filme revela a tentativa de captar o espírito da natureza humana, o esforço de negar as áreas indefinidas de nosso mundo íntimo e somente expor as falhas dos modelos ideológicos. Por isso, Quatro Capítulos propõe uma jornada sem fim, uma busca constante.

Sessão Data Sala
405 21/10 - terça-feira
13:30
Espaço Unibanco Augusta 3
476 22/10 - quarta-feira
18:00
IG Cine
1041 28/10 - terça-feira
18:00
Centro Cultural São Paulo

4 comentários:

Anônimo disse...

Olá. fiquei com curiosidade de ver estes filmes. Eu moro no Japão, infelizmente por aqui nunca vi nada sobre o cinema indiano disponivel. Vc sabe se existe alguma fonte confiável na web q eu possa assistir produções indianas?
Bom, hoje passei pelo blog inteiro. Li tanta coisa q é impossível comentar tudo. Achei engraçado saber q as músicas não são cantadas pelos próprios atores. Sempre escuto Nimbooda e jurava q fosse a voz da Ash. Adorei ler os posts sobre os cinemas regionais pois tinha conhecimento apenas de Bollywood. Curioso também o hino nacional ser exibido antes do filme. Afinal, o hino indiano é cantado em qual língua? Eu espero que o cinema indiano cresça, expanda-se aproveitando recursos e estilos do ocidente, novos roteiros e temas. Na Índia tantas coisas coexistem juntas que esta fusão será apenas mais uma entre tantas. Parabéns mais uma vez pelo blog e tantas informações q encontrei aqui!

Flávio

Cybelle disse...

Puxa, então não fui só eu !!!

Acabei só podendo assistir a "Jodhaa Akbar", lá no Shopping Morumbi. Como o filme tem 200 minutos e começou às 20h45, imagine o que foi sair de lá, com tudo fechado e... sem carro!

Apesar de ter visto o Trailer (no site da Mostra), não observei os créditos e achei o começo muito parecido com "Lagaan", até confirmar que é o mesmo diretor.

O filme tem de tudo: romance, guerra, lutas marciais, suspense, e claro,cantos e danças. (Tudo bem, adoro musicais).

Tem dois atores belíssimos, e conclama ao respeito as diferenças religiosas.

Ao mesmo tempo, é interessante ver as influências que o cinema mundial - as coreografias geométricas de Bubsy Berkeley, para citar só uma - tiveram no cinema comercial indiano.

Alguns vilões sempre me parecem saídos de filme do cinema mudo,mas talvez seja excesso de naturalismo das novelas brasileiras influindo no meu gosto ; )

Ibirá Machado disse...

Olá Flávio, muito obrigado por ter lido o blog inteiro! Haja disposição! Sorte sua que não pude ser produtivo nos últimos tempos e postei menos coisa do que gostaria...

Bueno, para ver os filmes indianos eu baixo da internet, com programas tipo Emule ou algum de torrent (no caso uso o uTorrent). Tem que saber procurar porque nem sempre é fácil encontrar. E eu nem tento encontrar com legendas em português, embora, vez ou outra, existam alguns...

Sobre o Jana Gana Mana, hino nacional indiano, ele é cantado em bengalês. Foi escrito por Rabindranath Tagore, que nasceu em Calcutá. Mas cada região da Índia canta de acordo com seu próprio sotaque, e não na pronúncia bengalesa correta.

Ibirá Machado disse...

Cybelle, se você viu o Joddha às 20h45, imagine o que será vê-lo às 22h na repescagem... pelo menos dessa vez ele passará no CineSesc, que é pertinho da Paulista... :)