terça-feira, 3 de agosto de 2010

Alegra-me o dia, Jayalalithaa!

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Não fosse nossa amiga do Grand Masala, este texto com este simpático título não teria vindo a nós e teríamos perdido a chance de agregar um tanto de coisas curiosas e não menos simpáticas, num post tão curto. Trata-se de um blog galego, chamado Sei o que nos figestes..., com vários colaboradores. Este texto que se segue é de autoria de Joaquim Reboiras, que teve a capacidade de escrever uma super curiosa postagem que eu não me contive em querer trazer aqui pra vocês. Fora o vídeo que ela traz, que é tão simpático quanto. E isso tudo num contexto ultra pertinente, quando a Catalunha, parte do mesmo país do qual a Galiza também faz parte - a Espanha -, aprovou o fim das touradas em seu território.

Não quis traduzir o texto ao nosso português, porque creio ser desnecessário. Leiam em galego, mesmo, que é mais rico pra todos nós. Alegra-me o dia, Jayalalithaa!:

"Estes dias em que a capital do Leres amanhece com o cham tingido de púrpura polo vinho das penhas e o sangue dos touros assassinados, lembramos de resgatar da rede e do desconhecimento do público esta curiosa visom das touradas que nos oferece a inesgotável fonte de surpresas que é o cinema indiano


O vídeo é um fragmento do filme do ano 1968 Kudiruntha Koil ("Templo de Refúgio"), realizado por K. Shankar e protagonizado pola super-estrela do cinema tâmil Maruthur Gopalan Ramachandran (mais conhecido pola siglas MGR), que chegaria a ser anos mais tarde ministro-chefe da Tamil Nadu (Terra dos Tâmiles), responsabilidade política que voltaria a ter em várias ocasions. O mesmo, curiosamente, podemos dizer de J. Jayalalithaa, a líndissima "touro" do filme, que ocupou também o posto de ministro-chefe e que de facto é na actualidade líder da oposiçom da Tamil Nadu.

A Índia, como é sabido, é um país com grande respeito pola diversidade linguística dos povos que a constituem, daí a existência deste cinema em língua Tâmil. E -como seguramente seja mais sabido- também guarda grande respeito polas vacas, animal que, como bem dizia Castelao, é o símbolo da Paz. Nada a ver com unha Espanha que, por direitas e por esquerdas, insiste em declarar a guerra à dignidade animal e à naçom galega.

Nom é por acaso, pensamos nós, que na simpática visom da Fiesta Nacional do vídeo de cima haja muitos toreros a mover trapinhos, mas nenhum com um estoque na mao. De facto, Jayalalithaa é 'derrotada' sem nenhum tipo de sofrimento e, o que é melhor, isto só acontece depois de levar por diante uns quantos 'matadores'. Oxalá fosse assim em todas as touradas, ou, ainda, oxalá que tudo isto nom existisse. Entretanto, nós gostamos mais de touradas como as da Índia, e nom a paletada de Ponte Vedra."
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6 comentários:

bárbara disse...

Bandido! Quando são textos PT-PT adaptas...

Eu AMEI esse texto e recomendo vivamente o blog :)

Ibirá Machado disse...

Ei, eu faço publicidade tua e ainda reclamas!

Eu traduzo PT-PT porque sim, e porque temos um acordo de unificação, uai.

bárbara disse...

A isso eu respondo com um grande HUMPF!

Ibirá Machado disse...

E eu contesto com um enorme :D

Anônimo disse...

Pregovos que empreguedes o nome de Galiza e não Galícia -adaptaçao espanhola do toponimo da nossa naçom-

Obrigado

Ibirá Machado disse...

Eu peço imensas desculpas por isso, e depois que me dei conta desta questão. Infelizmente, aqui no Brasil ninguém conhece a tua nação por Galiza, mas sim por Galícia, e por isso de estar assim no meu texto. Mas em respeito à identidade do teu povo, já fiz a alteração :)