quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Dunno Y, o beijo gay e a censura

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Já não é de hoje que essa polêmica existe e que falamos dela por aqui. Para um país que descriminalizou a relação homossexual há pouco mais de um ano, não é difícil imaginar como essa questão é um tabu desmedido na Índia.

Bom, e faz um tempo havíamos falado do filme chamado I Am, composto por curtas que, dentre os quais, um abordaria um casal gay e teria cena de beijo, inclusive, com nada mais que Rahul Bose no papel principal. Dessa vez, porém, a polêmica é maior porque Dunno Y... Na Jaane Kyon (Não Sei Porque) é um filme inteiro sobre essa temática, abordando em alguns momentos cenas de muita intimidade entre dois homens - um casal homossexual.

Embora já pronto, já exibido em um festival na própria Índia (o Mumbai International Queer Film Festival) e também já inscrito em outros festivais pelo mundo, a censura do governo indiano está pedindo que tais cenas de muita intimidade sejam cortadas ou refeitas para que Dunno Y possa então entrar em cartaz no país. 

Isso não necessariamente estragaria o filme, se tivermos como base a sensibilidade que tem, por exemplo, My Brother... Nikhil (2005), cujo personagem principal, Nikhil, é gay e contrai o vírus HIV. Ao contrário de casos anteriores, Nikhil e seu parceiro, Nigel, não são estereotipados, mas também não há cena alguma de beijo ou outro tipo de intimidade maior. 

Mas o que Dunno Y revela, assim como outros casos recentes do cinema indiano, como LSD (2009), é que ainda há um caminho muito longo pra ser percorrido até que um cineasta indiano consiga a liberdade plena de realizar sua arte à vontade, sem interferências, dentro do próprio país.

De qualquer forma, é importante que fique claro que o órgão de certificação do cinema indiano (leia-se de censura), controlado pelo governo, não impõe suas ordens do nada e por manipulação de cima pra baixo. Isso é um reflexo puro da própria sociedade do país.

O maior exemplo que se pode observar, neste caso em específico, diz respeito ao próprio ator que fez um dos personagens do casal gay de Dunno Y. Yuvraj Parasher foi simplesmente deserdado da família, literalmente expulso do núcleo familiar, assim que maiores polêmicas surgiram pelo país inteiro ao ser anunciado o filme.

O outro ator, Kapil Sharma, não sofreu efeitos desse tipo porque, afinal, ele é também o autor do roteiro original, além de ser irmão do diretor, Sanjay Sharma. Yuvraj não teve a mesma sorte familiar, ainda que, ao que indiquem as coisas, ele seja hétero. Cinema, na Índia, pode ser coisa mais séria do que a gente pensa.

Mas as repercussões com esse filme não se resumem somente ao fato de ter um casal gay como personagens principais - e que ainda se beijam -, mas também por ter contado com uma estratégia quase imbatível de convencimento: o elenco do filme, com exceção dos próprios protagonistas, é composto por estrelas das mais brilhantes que o cinema indiano já teve em sua história. Atrizes como Zeenat Aman e Helen, por exemplo, que são unanimidade dentre os indianos por seus trabalhos no cinema em décadas passadas, estão presentes. O ator Kabir Bedi, também unânime, faz parte do elenco. Ou mesmo do presente, como Rituparna Sengupta, que é a mais famosa atriz bengalesa do momento, também aparece no filme. 

Enfim, mas ainda assim, a polêmica existe e é grande. Não sei por quê, I really dunno y.
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domingo, 26 de setembro de 2010

Mostra Cinema Indiano Contemporâneo em Brasília

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Brasilienses, agora é a vez da capital do país receber a Mostra Cinema Indiano Contemporâneo na Caixa Cultural, de 25 a 30 de setembro, com sessões gratuitas. Oportunidade que não deve ser desperdiçada!

A edição da mostra em Brasília ocorre no Teatro da CAIXA Cultural Brasília – SBS Quadra 4, lote 3/4, anexo do edifício Matriz da CAIXA.

Confiram a programação:

Sábado – 25.09
14h - Três idiotas, de Rajkumar Hirani (03 Idiots, Índia, 2009, 164 min, livre)*
17h - Lagaan - a coragem de um povo, de Ashutosh Gowariker (Lagaan - Once Upon a Time in India, Índia, 2001, 224 min, livre)*
21h - Laços, de Nagesh Kukunoor (Dor, Índia, 2006, 145 min, livre)

Domingo- 26.09
14h – Iqbal, de Nagesh Kukunoor (Iqbal, Índia, 2005, 127 min, livre)*
17h - Um beijo na bochecha, de Mani Ratnam (Kannathi Muthamuttal, Índia, 2002, 130 min, livre)*
19h30 - Como estrelas na Terra, de Aamir Khan (Taare Zameen Par, Índia, 2007, 165 min)

Segunda- 27.09
14h - Maqbool, de Vishal Bhardwaj (Maqbool, Índia, 2003, 132 min, 12 anos)
17h - Siga em frente Munna Bhai, de Rajkumar Hirani (Lage Raho Munna Bhai, Índia, 2006, 144 min, livre)
20h - Devdas, de Sanjay Leela Bhansali (Devdas, Índia, 2002, 180 min, 12 anos)


Terça-feira - 28.09
10h - Sessão especial infanto-juvenil para escolas: Como estrelas na Terra, de Aamir Khan (Taare Zameen Par, Índia, 2007, 165 min)
14h - Confinados, de Mrinal Sen (Antareen, Índia, 1994, 90 min, livre).
16h - Dança das sombras, de Adoor Gopalakrishnan (Nizhalkkuthu, Índia, 2002, 90 min, livre)
18h - Três idiotas, de Rajkumar Hirani (03 Idiots, Índia, 2009, 164 min, livre)
21h - Sr. e sra. Iyer, de Aparna Sen (Mr. & Mrs. Iyer, Índia, 2002, 120 min, 12 anos)

Quarta- 29.09
10h - Sessão para escolas- infanto juvenil: Como estrelas na Terra, de Aamir Khan (Taare Zameen Par, Índia, 2007, 165 min)
14h- Lagaan a coragem de um povo, de Ashutosh Gowariker (Lagaan - Once Upon a Time in India, Índia, 2001, 224 min, livre)*
18h - Laços, de Nagesh Kukunoor (Dor, Índia, 2006, 145 min, livre)*
20h30 - Como estrelas na Terra, de Aamir Khan (Tare Zameen Par, Índia, 2007, 165 min)

Quinta - 30.09
14h - Um beijo na bochecha, de Mani Ratnam (Kannathi Muthamuttal, Índia, 2002, 130 min, livre)

Obs. Todas as sessões com * contarão com bate papo com a curadora da mostra.

domingo, 19 de setembro de 2010

Zubeidaa (2001) - ज़ुबैदा

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Zubeidaa é definitivamente um filme muito curioso. Eu tenho um pouco de dificuldade de dizer que o filme é realmente bom, mas de alguma maneira ele me cativou e certamente está na lista dos que gostaria que todos assistissem se querem mesmo entender mais do cinema indiano.

A verdade é que cada vez que vejo um filme indiano que fala sobre o próprio cinema indiano me dá uma sensação de que o que nós sabemos dessa indústria absurdamente grande e tão antiga é mesmo um nada. Daí isso colocado nas mãos de um Shyam Benegal, que sabe fazer as coisas com uma certa inegável maestria, e com trilha composta por A.R. Rahman, cujo efeito-emoção de suas músicas não se questiona, temos então uma obra verdadeiramente cativante. Sem contar algumas músicas cantadas por Lata Mangeshkar, que trazem uma estranha nostalgia desconhecida bem no meio da espinha.

Bom, e pra ajudar tudo, embora ficção, Zubeidaa é inspirado em fatos reais, o que torna a história um pouco mais interessante. O filme é escrito por Khalid Muhammed, filho de Zubeida Begum, uma mal-sucedida atriz e desastrada mulher que acabou por se casar com o Marajá de Jodhpur na metade do século XX.

Logo no começo do filme conhecemos Riyaz (Rajit Kapoor), filho de Zubeidaa, hoje jornalista e muito interessado em descobrir a verdadeira história de sua mãe. Aos poucos ele vai coletando informações, confrontando dados estranhos e imprecisos, de fontes já quase apagadas. Conforme ele vai juntando a história, descobrimos que Zubeidaa (Karisma Kapoor) era filha única de Suleman Seth (Amrish Puri), um famoso cineasta de Bollywood. Seu sonho era ser uma grande atriz e, escondida de seu pai, começa a atuar. Quando ele descobre, porém, a proíbe integralmente de entrar num estúdio e acaba por casá-la com um rapaz, contra todas as suas vontades.

Ela engravida de seu marido, mas, no dia em que ela dá a luz a Riyaz, problemas de família forçam seu marido a se divorciar dela. É então que Rose (Lillete Dubey), uma espécie de amante semi-oficial do pai de Zubeidaa, faz-se mais presente do que já era e introduz Zubeidaa a Vijayendra Singh (Manoj Bajpai), Marajá de Fatehpur, com quem mais tarde acaba se casando.

Acontece que o Marajá já era casado com Mandira Devi (Rekha), a rainha oficial, embora ele demonstrasse um significativo afeto por Zubeidaa. Mas o espírito livre - leia-se rebelde - de Zubeidaa logo mostra-se incompatível com toda a nova realidade que ela estava vivendo - ou talvez com toda realidade que ela fosse viver em qualquer que fossem as circunstâncias.

E o ideal é que eu pare a história por aqui. Riyaz vai aprofundando sua pesquisa até desvendar os últimos segredos, e é nessa procura que ficamos presos, sobretudo pela busca de um objeto em especial e absolutamente único - o único rolo de filme em que Zubeidaa havia gravado a única cena de dança, entregue em alegria e realização, e que estava desaparecido.

A maestria de Shyam Benegal foi reconhecida com o prêmio de melhor filme em hindi dado pelo National Film Awards, em 2001. E a brilhante atuação de Karisma Kapoor também não ficou de fora; ela levou o prêmio de melhor atriz pela crítica no Filmfare Awards, mais do que merecidamente. E, por fim, Zubeidaa faz parte de uma trilogia+1 de Shyam Benegal, sobre filmes que tocam em questões islâmicas. O primeiro foi Mammo (1994), o segundo foi Sardari Begum (1996) e o terceiro foi Zubeidaa. O +1 apareceu agora em 2010, com o filme Well Done Abba.
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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Repescagem da Mostra Cinema Indiano Contemporâneo no MAM do Rio

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Amigos, pra deleite dos fãs de cinema indiano do Rio de Janeiro - e ainda pra alegria dos que perderam a mostra de agosto - o MAM (Museu de Arte Moderna) do Rio irá receber uma repescagem com alguns dos filmes que estiveram na mostra mês passado, na Caixa Cultural.

E a repescagem já começa nessa quinta feira, dia 16 de setembro, às 18h30, com Dil Chahta Hai, e termina no dia 26, com a exibição de Koi... Mil Gaya. Serão oito filmes reexibidos agora no MAM, mas que não irão ter mais de uma sessão cada. Portanto, programem-se e bora pro Aterro do Flamengo ter mais um respiro de cinema indiano em terras cariocas.

quinta 16, 18h30

Faça o que o seu coração mandar (Dil Chahta Hai), de Farhan Akhtar. 

Índia, 2001, 183 minutos. Classificação livre. Legendas em espanhol.

A
história de três amigos de faculdade e a transição para a vida adulta. Cada um deles tem uma perspectiva totalmente diferente da vida e do amor. Protagonizado pelo admirável Aamir Khan. O filme se destaca pela linguagem bem contemporânea nos números musicais, que incorpora a cultura dos jovens da classe média metropolitana que freqüenta discotecas. Premiado como Melhor Longa-Metragem no National Film Award de 2002. Baseado em anotações do diretor e roteirista Farhan Akhtar sobre suas viagens à Goa e sobre o mês que ele passou em Nova York em 1996. Com Aamir Khan, Saif Ali Khan, Akshaye Khanna, Preity Zinta, Dimple Kapadia.


Sexta 17, 18h30

Zubeidaa (Zubeidaa), de Shyam Benegal. 

Índia, 2001, 150 minutos. Classificação livre.  Legendas em português.

Riyaz Masud é um jornalista que quer conhecer melhor a história da mãe, de quem não se recorda bem, e que faleceu misteriosamente. Através de depoimentos das pessoas que a conheceram e dos pertences que ela deixou para trás, o filme narra a descoberta da história de Zubeidaa, única filha de um cineasta muçulmano, que atuava em filmes secretamente. Capítulo final da trilogia biográfica feita por Benegal, que começou com Mammo (1994) e continuou com Sardari Begum (1996), baseada em histórias reais de mulheres indianas contadas por Khalid Mohammed, crítico de cinema que virou cineasta. O filme obteve o prêmio nacional de Melhor Filme de Longa-Metragem em hindi e prêmio da crítica de Melhor Atriz para Karisma Kapoor no National Film Awards. Com Karisma Kapoor, Rekha, Manoj Bajpai, Rajit Kapoor, Amrish Puri, Farida Jalal, Lillete Dubey e Shakti Kapoor.

 

sábado 18, 18h
Um beijo na bochecha (Kannathil Muthamuttal), de Mani Ratnam. 

Índia, 2002, 130 minutos. Classificação livre.  Legendas em espanhol.

O filme narra a história da pequena Amudha, uma menina adotada pelo casal Thiru e Indira, e criada com dois irmãos pequenos. Ela é uma criança feliz e não sabe a verdade sobre sua origem, até que o casal decide contar sobre a sua adoção no dia de seu aniversário de nove anos. Através do olhar de Amudha, Mani Ratnam apresenta um impactante e sensível retrato da ilha de Sri Lanka na época da Guerra Civil. Premiado no Festival de Toronto em 2002 e selecionado para representar a Índia no Festival de Cannes em 2004. Com R. Madhavan, Simran Bagga, J.D. Chakravarthy, Nandita Das, P. S. Keerthana e Prakash Raj.

domingo 19, 16h

Bombaim (Mumbai), de Mani Ratnam. 

Índia, 1995, 140 minutos. Classificação 12 anos.  Legendas em inglês.  

Shekhar é um homem de uma tradicional família hindu que, ao voltar de férias para a pequena aldeia em Tamil Nadu para visitar seus pais, apaixona-se por Shaila Bano, uma mulher muçulmana da região. Os dois casam-se contra a vontade das duas famílias, e se mudam para Bombaim, onde ele passa a trabalhar como repórter de um grande jornal diário. Pouco tempo depois o casal tem filhos gêmeos e a família começa a viver bem a sua nova vida. No entanto, as crescentes tensões religiosas trazem mudanças e ameaçam abalar e desagregar a família. O filme é baseado em acontecimentos reais ocorridos no sul da Índia durante o violento período de conflitos religiosos que ocorreu entre dezembro de 1992 e janeiro de 1993 e causou grande controvérsia na pós-libertada Índia por representar conflitos inter-religiosos, tendo sua exibição banida em Cingapura e na Malásia. Foi uma das maiores bilheterias da indústria cinematográfica Chennai, tendo sido muito bem recebido pelo público e pela crítica. Com Arvind Swamy, Manisha Koirala, Tinnu Anand, Nasser, Sonali Bendre, Prakash Raj.

quinta 23, 18h30

Do coração (Dil Se…), de Mani Ratnam. 

Índia, 1998, 140 minutos. Classificação 12 anos.  Legendas em português.

Segundo a literatura árabe antiga, o amor é classificado em sete diferentes tonalidades: atração, paixão, amor, reverência, adoração, obsessão e morte. Essa é uma viagem através destas sete cores, num belo percurso estético e político através da história de Amarkant Varma, um homem que viaja pela Índia a serviço de uma rádio de alcance nacional, na tentativa de fazer entrevistas sobre o 50º aniversário da independência indiana. Numa de suas jornadas, apaixona-se por Meghna, uma misteriosa mulher que revelará-se envolvida em atentados terroristas. Premiado com uma menção especial no Festival de Berlim, é a última parte da trilogia que o diretor Mani Ratnam dedicou ao terrorismo. Foi o primeiro filme indiano a entrar no Top 10 das bilheterias na Inglaterra. Com Shahrukh Khan, Manisha Koirala e Preity Zinta.

Sexta 24, 18h30

Devdas (Devdas), de Sanjay Leela Bhansali. 

Índia, 2002, 185 minutos. Classificação 12 anos.  Legendas em espanhol.

Um dos maiores clássicos do cinema indiano, baseado no famoso romance homônimo do escritor bengalês Sharat Chandra Chattopadhyay. O filme conta a história de Devdas, que depois de muito tempo ausente, retorna à Índia, após concluir seus estudos em direito na Inglaterra. Sua família é muito rica e vive em uma mansão numa vila em Bengali, que têm como vizinhos uma outra família cuja filha Paro cresceu com Devdas. Dessa amizade entre os dois, nasce uma relação de amor que até os tantos anos distantes não foi capaz de apagar. Após o retorno de Devdas tudo parece correr bem para que ambos fiquem juntos, mas a família dele impede que o casamento aconteça, o que o leva a sair de casa e a seguir sua vida com sofrimento. O filme é a terceira filmagem deste clássico da literatura indiana, sendo esta a primeira versão colorida. Foi a mais cara produção indiana até o seu lançamento, consumindo quase 20 milhões de reais. Exibido no Festival de Cannes de 2002 e indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2003. Com Shahrukh Khan, Madhuri Dixit, Aishwarya Rai, Jackie Shroff e Kirron Kher.

sábado 25, 16h

Lagaan – a coragem de um povo (Lagaan: Once Upon a Time in India), de Ashutosh Gowariker. 

Índia, 2001, 224 minutos. Classificação livre.  Legendas em inglês. 

É 1893 na vila de Champaner, no estado do Gujarat, em uma Índia sob o domínio britânico. A seca está castigando os camponeses e o Rajá (príncipe hindu) encontra-se com o comandante inglês da região, o Capitão Russel, para pedir uma redução dos impostos sobre a terra, chamada Lagaan. Sem explicações, o Capitão decide aumentar ainda mais os impostos e os camponeses, desesperados, vão pedir ajuda ao Rajá. Chegando à propriedade do Raja, os camponeses presenciam que o Rajá está assistindo a uma partida de críquete com o Capitão britânico, e um dos camponeses, Bhuvan, diz que o jogo é imbecil. Depois do comentário de Bhuvan, o Capitão propõe um desafio: a suspensão de três anos de impostos caso os camponeses vençam os ingleses numa partida de críquete. Bhuvan aceita a aposta, para desespero dos demais camponeses, pois a perda do jogo implicará num novo aumento das taxas. O filme é praticamente todo feito em cenários externos, fora de estúdios. Somando os prêmios recebidos, Lagaan levou quase 50 premiações, incluindo oito no Filmfare Awards e sete no National Film Awards, alé da indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

domingo 26, 16h

Você não está sozinho (Koi… Mil Gaya), de Rakesh Roshan.

Índia, 2006, 176 minutos. Classificação livre.  Legendas em português.  

Uma ficção científica de Bollywood. O cientista Sanjay Mehra inventa um computador capaz de entrar em contato com alienígenas. Sua felicidade logo é interrompida quando os cientistas de um centro de pesquisa zombam dele e se recusam a acreditar em suas descobertas. Quando está voltando para casa, acompanhado de sua esposa grávida, eles veem uma espaçonave e, na confusão, perdem o controle do carro e sofrem um acidente. Apenas a mulher sobrevive, e o seu filho, Rohit nasce com danos cerebrais. Anos mais tarde, Rohit já é um homem, mas com uma mentalidade de criança. Ele faz amizade com a filha do prefeito da cidade, Nisha e estabelece uma relação afetuosa com ela. Um dia, Rohit e Nisha encontram o computador de Sanjay e seguem as instruções dadas pela máquina. Na mesma noite, sua cidade é visitada por uma espaçonave e um dos alienígenas é deixado para trás. Muitos consideram que o filme é uma adaptação do conto “The alien”, escrito Satyajit Ray, que a princípio também originou E.T. – o extraterrestre (1982), de Steven Spielberg. Foi um grande sucesso na Índia, exibido também no Festival de Cinema de Jerusalém e no Festival de Cinema da Dinamarca. Com  Rekha, Hrithik Roshan, Preity Zinta, Rakesh Roshan, Rajeev Verma, Prem Chopra.
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