sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Anos Dourados do Cinema Indiano

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Esses dias encontrei um documentário chamado The Golden Age of Indian Cinema (Anos Dourados do Cinema Indiano), com poucos mais de 74 minutos de duração. Tentei encontrar em que ano ele foi feito, mas ao que tudo indica é um documentário já antigo, já que a cara de muitos dos que falam no documentário estão muito mais jovens do que estariam se a gravação fosse atualmente.

O único problema do documentário, infelizmente para muitos, é que ele está em inglês. Alguns falam em inglês mesmo (sotaque indiano, que seja dito), mas outros tantos falam em hindi e, nesses casos, há legenda em inglês.

Considero esse vídeo um achado, porque ele não só fala dos anos dourados do cinema indiano (ou seja, décadas de 40 e 50), como pega depoimentos de altíssimas personalidades do cinema da Índia. O que achei muito simpático, e nem tinha como não ser, é o fato de o documentário todo ter como eixo central a música dos filmes. Pois afinal, não há nada que represente melhor o cinema indiano do que suas músicas e respectivas cenas, sejam elas com danças ou não.

Logo no começo, gente ilustre como Shashi Kapoor e Javed Akhtar começam a falar dos filmes e das músicas antigas. São lembrados diretores como Guru Dutt, Raj Kapoor, Dev Anand e Mehboob Khan, além de filmes clacicíssimos, como Mother India (1957), Mahal (1949), Andaaz (1949), Shree 420 (1955) e mesmo Sholay (1975), que é posterior a essa fase.

Também aparecem falando músicos, atores e diretores um pouco mais recentes, como Shyam Benegal, Gulzar, Anil Kapoor, Anupam Kher e Amitabh Bachchan (incrivelmente mais novo, o que leva a crer que ou o vídeo seja bem antigo ou pegaram uma fala antiga do Big B). Dentre as cantoras do passado, o destaque é dado à divina Lata Mangeshkar, (na foto, quando começou na carreira) que também dá seu depoimento ao documentário.

Por fim, também há a presença de Nadira, hoje já falecida, uma das atrizes de origem judia que fizeram a fama dos rostos femininos delicados no cinema indiano. Dentre as judias, além de Nadira, o documentário também oferece o depoimento de Shamshad Begum, cantora de playback que foi também muito famosa no passado.

Mesmo para quem não entende o inglês, vale a pena assistir pelas próprias imagens e músicas.

Originalmente, o documentário estava em um site onde era possível assisti-lo por completo - e foi onde assisti e havia incorporado aqui ao blog quando a postagem foi feita. Hoje (31/01/2010), fui avisado que o vídeo já não abria e descobri que ele foi retirado do site. A única solução que encontrei, portanto, foi incorporar a Lista de Reprodução deste documentário disponível no YouTube (em 8 partes), sem porém, as duas primeiras partes (que foram removidas pela Eros Entertainment). Não lamentemos, ao menos seguiremos com quase uma hora de documentário.

(Ao darem o play, vocês verão a mensagem que o vídeo é de conteúdo da Eros Entertainment, que decidiu bloquear o conteúdo em nosso país. Assim, clique na seta para a direita duas vezes, de forma que avance para a terceira parte)

 

12 comentários:

Isa disse...

Relíquia o vídeo. Vou assistir todo. :D

A Lata Mangeshkar era muito fofinha!

Ibirá Machado disse...

Ela continua fofinha :D

bárbara disse...

Vou ver se hoje assisto a esse documentário. Muito obrigada.

Ibirá Machado disse...

Eu tava esperando por seu comentário! Nem preciso dizer que esse post foi especialmente dedicado ao Grand Masala, né? ;)

bárbara disse...

Babe, este post inspirou-me a ver o Mother India... que filme lindo e, ao mesmo tempo, triste. ;_;

O cinema indiano é cheio de tesouros. O documentário é que não está a carregar. O que se passa?

Ibirá Machado disse...

Ai, no creo... eu temia muito que isso ocorresse... o vídeo foi removido do site :(

Ele existe no youtube, em 8 partes, mas a Eros Entertainment removeu as 2 primeiras partes (mais ou menos 20 minutos). De qualquer forma, a única solução agora que encontro é colocar aqui a sequência das 6 partes restantes, que ao menos é ainda a maior parte do documentário.

Mas que falta de sentimento de altruísmo a deles! :(

Lívia Bernardes disse...

Eu não entendo porque as coisas boas são retiradas do ar, ou são pouco divulgadas

Ibirá Machado disse...

São tiradas do ar porque querem que a gente compre; são pouco divulgadas porque acham que nós não consumimos isso. Resultado: não temos acesso nem sequer ao conteúdo oficial e ficamos a ver navios.

Pedro disse...

Lata que Fofa*-*
Odeio a Eros Entertainment...
Que coisa mais linda que é esse clipe no inicio *-*
Mother India é muito lindo!

bárbara disse...

Eros não presta mesmo! :(

Carol Juvenil disse...

Tento criar coragem para assistir ao documentário.Não sou grande coisa em inglês, logo canso fácil.

A Eros é uma droga, a Yash Raj também.Por causa das duas as pessoas não postam um monte de filmes legais no Youtube! ;(

Ibirá Machado disse...

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