.
Faz tempo já eu estava devendo pra mim mesmo assistir ao filme Lagaan - Once Upon a Time in India (Lagaan - Era Uma Vez na Índia; ou em alguns casos Lagaan - A Coragem de Um Povo), mas até hoje ainda não tinha tido tal oportunidade. E quanto mais o tempo passava, mais eu sentia o peso da responsabilidade aumentar sobre mim, já que este é mais um dos grandes sucessos que o cinema indiano já presenciou em sua história, sendo o único 100% indiano até a hoje a concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro (o primeiro foi Mother India, de 1957, mas era co-produção indo-russa, e o segundo foi Salaam Bombay!, de 1989, com co-produção indo-britânica-francesa). É também o filme indiano que teve mais DVDs vendidos. Não falar sobre ele aqui seria um ultraje.
E finalmente vi Lagaan. E ver este filme não é ver qualquer filme, mas sim assistir a um dos dez mais longos filmes já feitos em Bollywood - Lagaan tem longas 3h44 de filme. Mas por mais longo que possa parecer, o filme passou relativamente rápido.
Escrito e dirigido por Ashutosh Gowariker, produzido pela Aamir Khan Productions e com música de A.R. Rahman, esse filme tinha tudo pra ser muito bom. Todos sabem que sou muito suspeito pra falar quando há Aamir Khan envolvido na história (além de produzir o filme, ele ainda é Bhuvan, o personagem principal de Lagaan), mas o fato é que a produção desse filme rompeu muitos obstáculos que Bollywood costumava ter preguiça de romper - e mais uma vez Aamir Khan é grande responsável por isso. Ah sim, há ainda uma pequena narração no começo e no fim do filme, que é feita por Amitabh Bachchan.
O filme se passa em 1893, quando a Índia estava sob a égide do domínio britânico, na vila de Champaner, no estado do Gujarat. Desde o ano anterior as monções não haviam sido amigáveis e a seca estava castigando os camponeses severamente. O rei local (Raja), Pooran Singh, encontra-se com o Comandante Oficial da região, o Capitão Russel, para pedir permissão que os impostos cobrados aos camponeses (chamado lagaan) fosse reduzido neste ano, por causa da seca. O Capitão diz que aceitaria a proposta caso ele comesse a carne que estava sendo oferecida. O problema, porém, é que o Raja havia acabado de negar a carne por ser vegetariano; e acaba por recusar a proposta do Capitão. O Capitão, por sua vez, diz então que os camponeses pagariam o dobro dos impostos naquele ano - e estava dito. Este ponto é extremamente importante por mostrar como o Império Britânico havia simplesmente eliminado qualquer poder que tivessem os marajás, embora eles não tenham sido destituídos durante a dominação, e embora os indianos sempre tenham prestado reverências a eles e não aos britânicos.
Quando os camponeses ficam sabendo da notícia eles entram em desespero, já que nem o imposto normal eles seriam capaz de pagar. Eles vão, assim, falar com o Raja, na tentativa de convencê-lo a reduzir os impostos. Na hora que vão lá, porém, o Raja está assistindo a uma partida de críquete que está sendo jogada pelos britânicos e os camponeses têm de esperar. Eles ficam lá vendo aquele jogo que nunca tinham visto antes e não entendem nada. Quando a partida acaba o Raja os recebe e diz que nada pode fazer quanto aos impostos, já que ele mesmo também estava com as mãos amarradas. O Capitão Russel aproxima-se e diz que os impostos poderiam ser cancelados por até três anos caso os camponeses vencessem eles numa partida de críquete. Bhuvan acaba aceitando a proposta, pra desespero dos outros que estavam com ele (o Capitão desafiou Bhuvan porque antes ele havia chamado o críquete de "esporte estúpido").
Daí em diante o filme desenrola-se com Bhuvan tentando convencer os desiludidos camponeses a aprenderem o jogo. Logo, Elizabeth, irmã do Capitão Russel, vai ajudar os camponeses pois ela havia achado a decisão de seu irmão extremamente injusta. Todo esse processo é tão tenso quanto a partida em si, que toma cerca de 1h20 do filme. A maior dificuldade é encontrar os jogadores perfeitos na vila para comporem o time ideal. Pouco a pouco, as habilidades de cada um vão aparecendo, mas ainda resta no final um jogador pra completar os 11 necessários. Até que finalmente aparece Kachra, um intocável de braços tortos, que Bhuvan tanto quer no time por sua capacidade de jogar a bola "com efeito". Mas ao Bhuvan dizer que ele será o 11º jogador, todos ficam horrorizados com a ideia de um intocável jogar entre eles. Mas Bhuvan faz um super discurso defendendo a causa coletiva e desprezando a tradição das castas, e toca no ombro de Kachra. O time estava finalmente completo.
E finalmente o dia da partida chega. Daí sim são longas 1h20 de filme muito tensas. Uma imensa multidão de indianos amontoa-se em volta do campo de críquete. Num canto, a comissão britânica torce por seu time, logicamente, mas há ali dois que apoiam o time dos camponeses: Elizabeth e o próprio Raja, que se vê na obrigação oficial de estar entre os oficiais, não entre os seus conterrâneos. Nos momentos finais, minhas mãos estavam até suando de tensão, esperando pelo resultado da partida - que é ÓBVIO que não vou revelar qual foi! Apenas revelo que, ao final, chove.
O filme é praticamente inteiro feito em cenários externos, fora de estúdios. A vila toda de Champaner foi construída para o filme, de maneira super fiel às características de época da região. O maior desafio, porém, foi juntar a multidão que assistiria à partida. Na entrevista com Aamir Khan que publiquei no dia 25 de março, ele dizia que o filme exigia uma produção tão audaciosa que ninguém queria bancá-lo. Lagaan quase não saiu do papel, ele revelou. A plateia que foi assistir ao jogo foi inteiramente composta por nada mais que dez mil camponeses que foram chamados de toda a região, a maioria que nunca nem tinha ouvido falar em cinema. E consta também que o local das filmagens passava por situação climática semelhante à retratada no filme, e que depois de uma semana que o filme havia terminado de ser rodado choveu.
A produção do filme (chefiada por Aamir Khan, faço questão de sempre lembrar!) também preocupou-se com detalhes que até então Bollywood não costumava se preocupar. Para dar mais realidade à questão histórica, optou-se por utilizar um dialeto do hindi mais arcaico. Além disso, foi contratado Bhanu Athaiya, o vencedor do Oscar de Melhor Figurino pelo filme Gandhi, para fazer os figurinos de época para Lagaan.
Antes de o filme fazer sua estreia, Aamir Khan cumpriu sua promessa e fez uma exibição primeiro aos camponeses que participaram das filmagens e que nunca tinham visto um filme antes.
Em 2002, Lagaan roubou todas as cenas na premiação do Filmfare Awards e levou oito prêmios: Melhor Filme, Melhor Ator (Aamir Khan), Melhor Diretor, Melhor Roteiro (ambos para Ashutosh Gowariker), Melhor Trilha Sonora (A.R. Rahman), Melhor Letra de Música (Javed Akhtar, para a música "Radha Kaise Na Jale"), Melhor Playback Masculino (Udit Narayan, para a música "Mitwa") e Melhor Playback Feminino (Alka Yagnik, para a música "O Re Chhori"). Somando os outros prêmios, Lagaan levou 44 premiações, incluindo sete do National Film Awards, a premiação dada pelo governo indiano. Isso sem contar outras tantas indicações, como a já citada para o Oscar de melhor filme estrangeiro.
Mas apesar de ter achado o filme muito bom, devo revelar que, como antes, ainda acho o críquete um saco. Confesso que graças ao filme entendi um pouquinho mais como esse jogo funciona, mas ainda não me convenci...
A seguir vejam o trailer do filme e depois o clipe da música Radhaa Kaise Na Jale. Não que essa música seja a mais legal do filme, mas sua coreografia é sem dúvida a mais bem cuidada.
Faz tempo já eu estava devendo pra mim mesmo assistir ao filme Lagaan - Once Upon a Time in India (Lagaan - Era Uma Vez na Índia; ou em alguns casos Lagaan - A Coragem de Um Povo), mas até hoje ainda não tinha tido tal oportunidade. E quanto mais o tempo passava, mais eu sentia o peso da responsabilidade aumentar sobre mim, já que este é mais um dos grandes sucessos que o cinema indiano já presenciou em sua história, sendo o único 100% indiano até a hoje a concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro (o primeiro foi Mother India, de 1957, mas era co-produção indo-russa, e o segundo foi Salaam Bombay!, de 1989, com co-produção indo-britânica-francesa). É também o filme indiano que teve mais DVDs vendidos. Não falar sobre ele aqui seria um ultraje.
E finalmente vi Lagaan. E ver este filme não é ver qualquer filme, mas sim assistir a um dos dez mais longos filmes já feitos em Bollywood - Lagaan tem longas 3h44 de filme. Mas por mais longo que possa parecer, o filme passou relativamente rápido.
Escrito e dirigido por Ashutosh Gowariker, produzido pela Aamir Khan Productions e com música de A.R. Rahman, esse filme tinha tudo pra ser muito bom. Todos sabem que sou muito suspeito pra falar quando há Aamir Khan envolvido na história (além de produzir o filme, ele ainda é Bhuvan, o personagem principal de Lagaan), mas o fato é que a produção desse filme rompeu muitos obstáculos que Bollywood costumava ter preguiça de romper - e mais uma vez Aamir Khan é grande responsável por isso. Ah sim, há ainda uma pequena narração no começo e no fim do filme, que é feita por Amitabh Bachchan.
O filme se passa em 1893, quando a Índia estava sob a égide do domínio britânico, na vila de Champaner, no estado do Gujarat. Desde o ano anterior as monções não haviam sido amigáveis e a seca estava castigando os camponeses severamente. O rei local (Raja), Pooran Singh, encontra-se com o Comandante Oficial da região, o Capitão Russel, para pedir permissão que os impostos cobrados aos camponeses (chamado lagaan) fosse reduzido neste ano, por causa da seca. O Capitão diz que aceitaria a proposta caso ele comesse a carne que estava sendo oferecida. O problema, porém, é que o Raja havia acabado de negar a carne por ser vegetariano; e acaba por recusar a proposta do Capitão. O Capitão, por sua vez, diz então que os camponeses pagariam o dobro dos impostos naquele ano - e estava dito. Este ponto é extremamente importante por mostrar como o Império Britânico havia simplesmente eliminado qualquer poder que tivessem os marajás, embora eles não tenham sido destituídos durante a dominação, e embora os indianos sempre tenham prestado reverências a eles e não aos britânicos.
Quando os camponeses ficam sabendo da notícia eles entram em desespero, já que nem o imposto normal eles seriam capaz de pagar. Eles vão, assim, falar com o Raja, na tentativa de convencê-lo a reduzir os impostos. Na hora que vão lá, porém, o Raja está assistindo a uma partida de críquete que está sendo jogada pelos britânicos e os camponeses têm de esperar. Eles ficam lá vendo aquele jogo que nunca tinham visto antes e não entendem nada. Quando a partida acaba o Raja os recebe e diz que nada pode fazer quanto aos impostos, já que ele mesmo também estava com as mãos amarradas. O Capitão Russel aproxima-se e diz que os impostos poderiam ser cancelados por até três anos caso os camponeses vencessem eles numa partida de críquete. Bhuvan acaba aceitando a proposta, pra desespero dos outros que estavam com ele (o Capitão desafiou Bhuvan porque antes ele havia chamado o críquete de "esporte estúpido").
Daí em diante o filme desenrola-se com Bhuvan tentando convencer os desiludidos camponeses a aprenderem o jogo. Logo, Elizabeth, irmã do Capitão Russel, vai ajudar os camponeses pois ela havia achado a decisão de seu irmão extremamente injusta. Todo esse processo é tão tenso quanto a partida em si, que toma cerca de 1h20 do filme. A maior dificuldade é encontrar os jogadores perfeitos na vila para comporem o time ideal. Pouco a pouco, as habilidades de cada um vão aparecendo, mas ainda resta no final um jogador pra completar os 11 necessários. Até que finalmente aparece Kachra, um intocável de braços tortos, que Bhuvan tanto quer no time por sua capacidade de jogar a bola "com efeito". Mas ao Bhuvan dizer que ele será o 11º jogador, todos ficam horrorizados com a ideia de um intocável jogar entre eles. Mas Bhuvan faz um super discurso defendendo a causa coletiva e desprezando a tradição das castas, e toca no ombro de Kachra. O time estava finalmente completo.
E finalmente o dia da partida chega. Daí sim são longas 1h20 de filme muito tensas. Uma imensa multidão de indianos amontoa-se em volta do campo de críquete. Num canto, a comissão britânica torce por seu time, logicamente, mas há ali dois que apoiam o time dos camponeses: Elizabeth e o próprio Raja, que se vê na obrigação oficial de estar entre os oficiais, não entre os seus conterrâneos. Nos momentos finais, minhas mãos estavam até suando de tensão, esperando pelo resultado da partida - que é ÓBVIO que não vou revelar qual foi! Apenas revelo que, ao final, chove.
O filme é praticamente inteiro feito em cenários externos, fora de estúdios. A vila toda de Champaner foi construída para o filme, de maneira super fiel às características de época da região. O maior desafio, porém, foi juntar a multidão que assistiria à partida. Na entrevista com Aamir Khan que publiquei no dia 25 de março, ele dizia que o filme exigia uma produção tão audaciosa que ninguém queria bancá-lo. Lagaan quase não saiu do papel, ele revelou. A plateia que foi assistir ao jogo foi inteiramente composta por nada mais que dez mil camponeses que foram chamados de toda a região, a maioria que nunca nem tinha ouvido falar em cinema. E consta também que o local das filmagens passava por situação climática semelhante à retratada no filme, e que depois de uma semana que o filme havia terminado de ser rodado choveu.
A produção do filme (chefiada por Aamir Khan, faço questão de sempre lembrar!) também preocupou-se com detalhes que até então Bollywood não costumava se preocupar. Para dar mais realidade à questão histórica, optou-se por utilizar um dialeto do hindi mais arcaico. Além disso, foi contratado Bhanu Athaiya, o vencedor do Oscar de Melhor Figurino pelo filme Gandhi, para fazer os figurinos de época para Lagaan.
Antes de o filme fazer sua estreia, Aamir Khan cumpriu sua promessa e fez uma exibição primeiro aos camponeses que participaram das filmagens e que nunca tinham visto um filme antes.
Em 2002, Lagaan roubou todas as cenas na premiação do Filmfare Awards e levou oito prêmios: Melhor Filme, Melhor Ator (Aamir Khan), Melhor Diretor, Melhor Roteiro (ambos para Ashutosh Gowariker), Melhor Trilha Sonora (A.R. Rahman), Melhor Letra de Música (Javed Akhtar, para a música "Radha Kaise Na Jale"), Melhor Playback Masculino (Udit Narayan, para a música "Mitwa") e Melhor Playback Feminino (Alka Yagnik, para a música "O Re Chhori"). Somando os outros prêmios, Lagaan levou 44 premiações, incluindo sete do National Film Awards, a premiação dada pelo governo indiano. Isso sem contar outras tantas indicações, como a já citada para o Oscar de melhor filme estrangeiro.
Mas apesar de ter achado o filme muito bom, devo revelar que, como antes, ainda acho o críquete um saco. Confesso que graças ao filme entendi um pouquinho mais como esse jogo funciona, mas ainda não me convenci...
A seguir vejam o trailer do filme e depois o clipe da música Radhaa Kaise Na Jale. Não que essa música seja a mais legal do filme, mas sua coreografia é sem dúvida a mais bem cuidada.
20 comentários:
Ja assisti duas vezes e minha cena favorita eh a que ele pretende que vai matar o passarinho e as inglesas ficam chocadas e compram o passarinho.
Mostra bem como os indianos sempre sacanearam os estrangeiros.
Olá, Ibirá!
Confessi que tb acho o críquete um jogo muuuiiitooo enfadonho, mas eu simplesmente amei esse filme. Quando o vi nem sabia que era essa "coisa toda" (pois foi um dos primeiros filmes indianos que vi). Abraços,
Bruna.
Foi o primeiro filme indiano que assisti, motivado pela indicação do Oscar. Até hoje tenho a trilha sonora, que tratei de conseguir por pura fascinação - os números musicais são de tirar o fôlego, uns pela beleza, outros pela emoção. O filme é muito bom, as atuações são magníficas, ele consegue ser um filme sobre um esporte (o críquete) que mistura história e a emoção do jogo sem ser tolo como geralmente são os filmes que abordam o tema. Afinal, o que está em jogo é a liberdade de toda uma aldeia...
Obrigado pelo texto! 'Lagaan' é, além disso, um dos poucos filmes indianos que conheço que foi lançado comercialmente no Brasil em DVD.
Ai Ibirá!
estou lendo atentamente,imaginando as cenas,louca para assistir ás quase 4horas de filme e quando chega na parte decisiva do jogo tu não contas o final?!Buáááá
Mas Fafa, como disse o Frizero, Lagaan tem no Brasil!!!
Ibirá,
há pouco fiz uma busca e não consegui.Mostrou O Motin apenas.
Amanhã tentarei denovo.Se tu conheces alguém que providencie esses DVDs que não existem aqui no Brasil pode,por favor,me indicar através de meu e-mail.Leio tuas críticas e fico louca pra ver os filmes mas não tenho como...
Desde já gradeço.
Fafa, de fato procurei e também não encontrei disponível. No Submarino tem no catálogo, mas não está disponível. O filme "O Motim" pode comprar, eu recomendo. O nome original é Mangal Pandey. Gostei bastante desse filme também, com o mesmo Aamir Khan. Ainda não falei sobre ele no blog, mas falarei qualquer hora :)
Mas não desista de Lagaan. Acho que com um pouco mais de procura dá pra encontrar, de repente até em alguma locadora...
Lagaan é maravilhoso, tem um ótimo enredo e é bem musical também (gosto de todas as musicas principalmente chale chalo e mitwa) Eu tenho as musicas e tenho o filme - acredita que eu já vi 5 vezes? qualquer dia vou ver de novo.
O que eu mais gosto mesmo e da parte onde ele convoca que todos ajudem e começa a introdução naquele instrumento maravilhoso que eu até hoje não sei se é citara ou veena (o som é show) - daí dá ele dançando mitwa com o garotinho... A dança desse filme é demais tambem.
Não tenho ideia do que as musicas querem dizer mas acho que o filme e as músicas tem tudo a ver. Ah, lembrei, sei que mitwa quer dizer friend.
Por falar em musica, ô coisa chata é a voz dessas cantoras indianas - affff. Caramba, que voz ardida...
Uau, ver 5 vezes um filme de quase 4 horas é mesmo gostar muito dele! :)
Meu recorde com um filme indiano é com Taare Zameen Par, que já vi dez vezes... e ainda verei muitas mais!
Eu gosto bastante das músicas desse filme. Chale Chalo talvez seja a minha preferida, principalmente pela mensagem. A versão que eu tenho tem a tradução das músicas também, todas muito legais. E corrigindo, "mitwa" não é "amigo", mas "amado". Amigo é "mitra".
E quando à voz das mulheres, eu até que gosto. É o estilo deles... :)
:) Eu vi como friend num video no youtube e fiquei toda contentinha por saber alguma coisa hahahahahahaha, inclusive eu tinha esse video no orkut mas depois deu aquela mensagem detestavel de que eu não tinha permissão.
Olha, eu também tenho Taare Zameen Par, mas só vi duas vezes e com minha filhinha que adora também (imagina ter que ficar pausando para traduzir e explicar). É lindo sim. Quero assistir novamente, mas sozinha para poder curtir o filme.
Dislexia é um grande desafio aqui no Brasil, já tivemos um aluno assim e vimos o quanto é dificil lidar com essa situação.
Quanto a voz, sim, é o estilo deles. Observei que em todos os filmes a voz feminina é sempre desse jeito. Não me acostumo de jeito nenhum.
Concordo com a Cris, a vozinha da Alka Yagnik é um pouquinho irritante. :P
Mas o filme é demais!
Hoje fui pessoalmente até a "civilização"em busca deste filme mas a única resposta que ouvi é que ele está esgotado.Snif!
Vou continuar procurando...
Gosto muito deste filme, dá pra analisar bem vários pontos podres de toda sociedade... o preconceito, o conceito de civilidade, a cegueira da superioridade pela posição social etc etc etc muito bom mesmo!
Putz, só o Amir Khan pra salvar 4 hs mostrando cricket...argh!!! Btw, dá uma passada no meu blog e saiba tudo sobre este esporte de-li-ci-o-so hahahahahahahah
Are Baguwandi, ja era fan de Aamir por causa de Ghajini, mas depois desse filme virei fan de carteirinha, are baba, o cara deu show principalmente nessa questão dos Dalits, sem falar que o cara até alejado era, a lição foi dupla!!
Por favor, algúem sabe a tradução da música MITWA, do filme Lagaan?
O filme é excelente! Ashutosh Gowariker é fabuloso: amei Jodhaa e Lagaan e os dois são dele (apesar que Jodhaa continua morando em lugar de destaque no meu coração)! Virei fã. Vou tentar uma cruzada para achar Swades...
Apenas um tantinho com excesso de "song and dances", mas ainda assim, o filme é ótimo.
Hehe, eu já acho que os song-and-dances são o de menos nesse filme! Afinal, mais de três horas e meia de filme, eles até se desintegram no meio! Mas sim, o filme é ótimo :D
Eu sou um fã do cinema indiano. Eu gosto, eu acho que é um filme muito interessante e filmes são divertidos. Eu gostaria de ver todos os filmes. Todos os filmes do mundo. Isso me preocupa. Meu cão não se preocupa. Ele é calmo, agora bebe água de seu bebedouro para cachorro. Eu quero ser um cão e viver sem preocupações.
Postar um comentário